A semana começa com a China de volta à cena, enquanto Nova York permanece fechada nesta segunda-feira (19), devido a um feriado nos Estados Unidos. Sem pregão em Wall Street, o Ibovespa deve ficar à deriva e, segundo a lógica dos investidores locais, ter uma sessão negativa, sob a influência dos fatores internos. Será?
Talvez a alta de 1,6% da Bolsa de Xangai e o avanço do minério de ferro em Dalian hoje (após ajustes), após a longa pausa pela chegada do dragão, animem os mercados locais, que estão mesmo mais ao sabor do exterior. Os ativos chineses comemoram o salto de quase 50% na receita com turismo na China, com as viagens durante o ano-novo lunar batendo recorde, como previsto.
Além disso, o Banco Central chinês (PBoC) manteve a taxa de empréstimo de um ano em 2,5%. Amanhã, sai a decisão sobre a taxa mensal de crédito. Combinadas, as notícias sobre o gigante emergente mostram uma recuperação do consumo doméstico, depois do impacto da pandemia, com os estímulos à atividade sendo administrados pela autoridade monetária.
Balanços e ata do Fed na agenda
Assim, a Vale (BVMF:VALE3), que salvou a bolsa brasileira na última sexta-feira (16), garantindo uma valorização do Ibovespa em uma semana mais curta, deve continuar ditando o rumo dos negócios hoje. A atenção dos investidores se voltam, agora, para o balanço da mineradora, na quinta-feira (22).
Também merecem destaque os resultados do Nubank (BVMF:ROXO34) e da B3 (BVMF:B3SA3), entre outros, nos próximos dias. Hoje tem Americanas (BVMF:AMER3) e Carrefour (BVMF:CRFB3), após o fim do pregão. Vivo, Gerdau (BVMF:GGBR4) e Iguatemi (BVMF:IGTA3) saem amanhã (20), enquanto Pão de Açúcar, que alçou o empresário Abílio Diniz ao seleto rol de bilionários brasileiros, mas que pertence ao grupo francês Casino, e Assaí, são na quarta-feira (21).
Na agenda de indicadores econômicos, o dia começa com o IBC-Br de dezembro (9h). Aliás, Brasília também volta ao radar dos mercados, com a volta aos trabalhos no Legislativo após o recesso do carnaval. Lá fora, o destaque fica com a ata da reunião de janeiro do Federal Reserve, na quarta-feira (21).
O documento pode lançar luz sobre o momento exato em que os cortes nos juros dos EUA devem ter início, após o primeiro encontro deste ano descartar a chance de queda em março. Por ora, as apostas se inclinam mais para junho do que para maio e cabe ao Fed deixar pistas sobre a possibilidade do ciclo começar ainda neste semestre. Aliás, é isso que continua a ditar a dinâmica dos mercados globais, sem dúvida.