ARROZ: Colheita se inicia e Indicador se enfraquece em fevereiro
A colheita da nova safra de arroz foi iniciada em fevereiro no Rio Grande do Sul e, ainda que a oferta não tenha aumentado fortemente, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, recuou 1,9% no mês, fechando a R$ 41,56/sc 50 kg no dia 29.
No geral, a pressão veio do recuo comprador. No aguardo da intensificação da colheita em março e trabalhando com estoques já adquiridos, poucas beneficiadoras demonstraram interesse por novas aquisições no mercado spot, especialmente na última de fevereiro.
Do lado vendedor, os poucos orizicultores que possuem lotes de arroz safra velha (2014/15) permanecem recuados. No geral, produtores estão atentos ao desenvolvimento das lavouras e às atividades de colheita.
ALGODÃO: Quedas se intensificam no final do mês
O ritmo de queda nos preços do algodão em pluma foi um pouco mais intenso na última semana de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a baixa esteve atrelada à maior oferta de tradings, que disponibilizaram a pluma a valores menores que os de cotonicultores, e da fraca demanda da indústria nacional.
Em fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, caiu 3,64%, fechando a R$ 2,5247/lp no dia 29. A média mensal, de R$ 2,5775/lp, foi 1,66% inferior à de janeiro/16, mas ainda 37,22% superior à de fevereiro/15 (valores atualizados pelo IGP-DI de janeiro/16). Na última semana de fevereiro (de 22 a 29), o Indicador caiu 1,71%.
OVOS: Cotações sobem com força em fevereiro
As cotações dos ovos finalizam fevereiro em elevação em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, superando também os valores do mesmo período do ano anterior. Em Bastos (SP), principal região produtora, o preço médio da caixa de 30 dúzias de ovo tipo extra, branco, foi de R$ 77,97 em fevereiro/16, quase 15% superior ao de mesmo mês de 2015.
Para o ovo tipo extra, vermelho, a retirar na mesma região, a valorização em 12 meses é de 10,6%, a R$ 91,68/cx em fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, os descartes ocorridos, principalmente em janeiro, enxugaram a oferta neste ano e a demanda se aqueceu com o bom consumo típico da Quaresma e da volta às aulas.
Além disso, os custos de produção têm se elevado, pois os principais insumos utilizados – milho e farelo de soja – tiveram forte valorização. Com esse cenário, avicultores tentam repassar essas altas aos preços dos ovos.