O clima quente e seco na região Sul do Brasil tem dificultado o início da semeadura do trigo. No Paraná, onde não há previsão de chuvas para as próximas semanas, triticultores estão preocupados com um possível atraso no início do cultivo. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o plantio deve começar em maio e junho, respectivamente. As expectativas de colaboradores do Cepea são de menores áreas em todos esses estados.
Quanto aos preços do trigo no Brasil, voltaram a subir na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, o baixo volume disponível no mercado nacional ainda mantém produtores firmes nos valores pedidos. O comprador, por sua vez, segue adquirindo apenas volumes pequenos e pontuais – com a desvalorização do dólar, a importação do cereal, principalmente do Mercosul, é favorecida.
AÇÚCAR: Moagem evolui bem, mas preço do cristal está firme
O clima seco tem favorecido a colheita da cana-de-açúcar no Centro-Sul brasileiro, gerando oferta de cristal o suficiente para atender à demanda. Quanto aos preços, estão relativamente firmes no spot paulista.
Nessa segunda-feira, 18, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal cor Icumsa entre 130 e 180, mercado paulista, fechou a R$ 76,46/saca de 50 kg, alta de 1,06% em relação à segunda anterior. Essa sustentação interna pode estar relacionada ao atual cenário internacional da commodity.
Na semana passada, a trading Czarnikow, que estimava déficit de 3,2 milhões de toneladas, elevou a projeção para 11,4 milhões de toneladas na temporada 2015/16.
ETANOL: Hidratado segue em queda em SP
Os preços do etanol hidratado nas usinas do estado de São Paulo caíram 30% desde o início da segunda quinzena de março. Na última semana, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado no estado de São Paulo fechou a R$ 1,3691/l, redução de 4,4% em relação à semana anterior.
O início da safra e a maior oferta do produto em um cenário de demanda desaquecida continuam sendo os responsáveis pelas sucessivas desvalorizações. As quedas já chegaram aos postos, mas não foram suficientes para tornar o etanol competitivo, em termos médios, frente à gasolina no estado.
Segundo informações da ANP referentes ao intervalo entre 10 e 16 de março, a cotação média do hidratado na rede varejista de SP correspondeu a 73,6% do valor do combustível fóssil.