Os preços da laranja pera avançaram nesta semana no Brasil, o que já era esperado por colaboradores consultados pelo Cepea. Com a forte absorção da indústria, o mercado se preocupa com possível escassez da fruta. Além disso, o clima favoreceu a demanda no período. De segunda a quinta-feira, a pera teve média de R$ 26,45/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 7,1% em relação à média da semana passada. Já o preço da lima ácida tahiti caiu nesta semana, devido às menores demandas interna e externa. De acordo com pesquisadores do Cepea, os altos preços praticados no início do mês têm afastado compradores. Além disso, as chuvas de agosto e setembro favoreceram o desenvolvimento da tahiti, levando alguns produtores a retomarem a colheita e, consequentemente, aumentarem a oferta. Na parcial da semana, a fruta teve média de R$ 59,81/cx de 27 kg, colhida, queda de 7,2% em sete dias.
OVOS: Demanda enfraquecida pressiona cotações
As comercializações de ovos iniciaram a terceira semana de setembro mais lentas no mercado doméstico. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda enfraquecida pressionou as cotações, principalmente dos ovos vermelhos. Entre 8 e 15 de setembro, o ovo tipo extra, vermelho, colocado na Grande São Paulo, se desvalorizou 1%, com a caixa com 30 dúzias na média de R$ 91,85 nessa quinta-feira, 15. A retirar em Bastos (SP), o produto se valorizou 1% no mesmo período, passando para R$ 86,27/cx na quinta. Quanto aos ovos brancos, o produto colocado na Grande São Paulo permaneceu praticamente estável entre 8 e 15 de setembro, com leve aumento de 0,1% e fechando a R$ 87,67/cx nessa quinta. Para retirar em Bastos, os ovos brancos se desvalorizaram 0,7% em sete dias, negociados na média de R$ 80,44/cx no dia 15. Quanto às exportações, o volume caiu em agosto, tanto no comparativo com o mês anterior quanto com o mesmo período do ano passado. Os menores embarques reforçam o aumento da oferta no mercado doméstico, que já se mostra elevada, mantendo as cotações enfraquecidas na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea.
FRANGO: Valor do pintainho cai; carne segue em patamar elevado
O pintainho de um dia vem registrando consecutivas desvalorizações nos últimos meses em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário reflete, principalmente, o desinteresse de empresas e cooperativas integradoras de todo o Brasil em aumentar o alojamento de animais, diante do ritmo de exportações neste ano abaixo do esperado e das fracas vendas de carne no mercado interno. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda nos preços dos pintainhos, por sua vez, reforça a expectativa de oferta restrita para o setor, o que pode alavancar ainda mais os preços internos da carne, que já estão em patamares elevados.