Citros: Preço da Laranja Deve Seguir Firme em 2017
As primeiras impressões referentes à safra 2017/18 indicam que a produção de laranja no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro pode superar a atual (2016/17), mas ainda não deve atingir volumes significativos. Mesmo com o clima favorável no período das floradas e do “pegamento”, a produção da próxima temporada ainda será insuficiente para recuperar os baixos estoques de passagem previstos para o final de 2016/17, em 30 de junho de 2017. Assim, segundo pesquisadores do Cepea, a oferta deve continuar apertada frente à demanda em 2017/18, mantendo a tendência de preços firmes aos citricultores por mais um ano.
MILHO: OFERTA RECORDE PODE ENFRAQUECER COTAÇÃO NO BR EM 2017
Após a quebra de produção no ano passado, por conta do clima desfavorável, a expectativa é que a safra 2016/17 de milho seja recorde no Brasil. Estimativas também indicam área e produção mundiais nas máximas históricas, mas quedas nas transações internacionais, o que pode reduzir a parcela brasileira no mercado. Nesse cenário, os preços internos podem se enfraquecer ao longo do ano. Considerando-se os estoques iniciais, em fev/17, e produção total na safra 2016/17 de 83,8 milhões de toneladas, a disponibilidade interna superaria 92,3 milhões de toneladas, de acordo com a Conab. Destes, 56,1 milhões de toneladas devem ser consumidos internamente.
Assim, o excedente doméstico pode voltar a ultrapassar 36,2 milhões de toneladas, sendo o segundo maior volume da história. Este volume, por sua vez, estará disponível para exportação. Nos seis primeiros dias úteis de 2017, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP) acumula queda de 4,9%, fechando a R$ 36,30/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 6.
SOJA: OFERTA ELEVADA DEVE LIMITAR REAÇÕES DE PREÇOS EM 2017
A produção brasileira de soja deve atingir recorde em 2017, impulsionada pela rentabilidade positiva na safra 2016/17 frente a culturas concorrentes em área, como milho e algodão. No cenário global, com quase 122 milhões de hectares cultivados, a oferta mundial da temporada 2016/17 também deve ser a maior da história, de 338 milhões de toneladas, alavancada pelas produções do BR, dos Estados Unidos e, até mesmo, da Índia, segundo dados do USDA. A demanda global também segue firme, o que deve favorecer o oitavo crescimento consecutivo das transações entre países.
No entanto, como os estoques são abundantes e a relação estoque final/consumo segue aumentando, no médio prazo, as cotações em dólar não apontam sinais de reação. No balanço dos primeiros seis dias de jan/17, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), caiu 1,8%, fechando a R$ 74,30/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 6.