O ano de 2018 apresenta alto potencial para ser repleto de eventos com alto impacto para economia. Muitos deles, inclusive, terão capacidade de movimentar vigorosamente a cotação da moeda norte-americana.
Veja abaixo cinco eventos específicos que influenciarão o rumo que o dólar americano seguirá no país. A grande maioria se relaciona com a nossa política e, acredite, 2018 será incrivelmente tumultuado neste âmbito.
1. Votação da reforma da Previdência
A agenda reformista instalada pelo presidente Michel Temer e sua equipe econômica gerou diversos questionamentos. Por mais que não sejam completamente aceitas pela população, as reformas agradaram ao mercado financeiro.
A mais esperada delas, a reforma da Previdência, foi também a que encontrou mais obstáculos para ser aprovada. A sua votação foi discutida e adiada algumas vezes e acabou ficando apenas para o ano que vem.
Em fevereiro de 2018, esta situação poderá ser definida e o mercado
acompanhará a votação de perto. O desfecho da reforma será decisivo para o rumo da cotação do dólar no início do ano.
Se aprovada, é esperado um maior fluxo de capital estrangeiro entrando no país, o que pressiona a baixa do dólar. O contrário também pode acontecer: se a proposta for rejeitada, é esperado uma valorização da moeda.
2. Rebaixamento do rating brasileiro
Alguns analistas acreditam que o Brasil sofrerá mais um rebaixamento em seu grau de investimento. Atualmente, o nível que o Brasil se encontra já não é o desejado, por isso, as consequências dessa ação não seriam catastróficas para o país.
Mas, por mais que possa ser brando, o rebaixamento de fato afasta investimentos. A menor presença estrangeira no mercado brasileiro gera a valorização do dólar frente ao real. Isso se explica pela escassez da moeda em nossas negociações.
3. Eleições presidenciais de 2018
O evento mais esperado do ano e também o que tem maior impacto sobre o dólar é ela: a eleição presidencial de 2018.
Não só o futuro da cotação da moeda estrangeira, mas também outros vários indicadores do mercado financeiro dependem do desfecho da corrida que se iniciará no próximo ano. Entre a inflação, o desemprego, o dólar e o PIB, pode-se dizer que o câmbio poderá ser o mais influenciado por este ponto.
Dependendo do candidato eleito, a moeda poderá encerrar 2018 sendo negociada abaixo dos R$3,00 ou até acima dos R$4,00: isso mostra que os extremos são esperados e possíveis para o ano que vem.
Entretanto, não só o resultado da votação fará a moeda flutuar. A oficialização dos candidatos, os debates eleitorais e a divulgação das pesquisas de intenção de voto também farão com que a moeda oscile em 2018.
4. Manutenção do crescimento
A economia em 2017 sinalizou que o pior da recessão ficou para trás: a inflação abaixo dos 3%, o PIB apontando crescimento, os juros historicamente baixos e o desemprego iniciando sua queda.
Se o governo conseguir manter esse cenário, espera-se que o Brasil se torne mais atrativo para o investimento estrangeiro e acabe pressionando a cotação para baixo. Quanto mais forte a economia brasileira estiver, mais valorizado estará o real frente ao dólar.
5. Aumento da taxa de juros dos Estados Unidos
Desde 2015, a ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, discutia a possibilidade do aumento da taxa de juros norte-americana. O estudo se arrastou pelos últimos dois anos e continua em pauta.
O novo presidente do Fed, Jerome Powell, anunciou que o momento de aumento da taxa está se aproximando. Esse movimento teria um grande impacto sobre a maioria dos países emergentes, inclusive para o Brasil. Os juros americanos elevados podem criar um grande fluxo de saída da nossa economia, o que valoriza a moeda estrangeira internamente.
Todos esses eventos trarão grande volatilidade para o dólar em 2018. Se você pretende investir na moeda não deixe de acompanhá-los de perto para agir de forma consciente.