O retorno parcial do feriado e alguns indicadores de crédito no Brasil agitam um pouco a última semana do ano, especialmente após a sessão no “vácuo” de ontem, na qual citamos, seria melhor sequer ter ocorrido.
A parte dos mercados que retornou hoje, dá impulso ao rali de fim de ano, em especial, após os sinais de reabertura da China, ainda que as notícias sobre o que realmente está acontecendo por lá continuem desencontradas, o que também não é nenhuma novidade.
Ainda assim, a perspectiva da economia chinesa aberta impulsiona commodities importantes para diversos mercados, em especial os emergentes como o Brasil e dão algum alento ao fim de ano ainda confuso em diversos aspectos.
As autoridades de saúde chinesa confirmaram que reduzirão os graus de restrição da COVID, o que claramente pode ser positivo para a continuidade da atividade econômica e da produção industrial, em meio aos desafios do país de atingir a agora ambiciosa meta de crescimento de 5%.
Citamos isso anteriormente em algumas ocasiões, de que o governo chines, após a eleição do Politburo, faria com que a doença e suas consequências, ‘de repente’, desaparecessem, quando a questão econômica se tornasse preponderante e é o que acontece neste momento.
Localmente, os dois únicos indicadores econômicos do dia foram em direções opostas, com a confiança do consumidor da FGV atingir 88 pontos, enquanto o relatório Focus do BCB registra piora nas inflações de 2023, 2024 e 2025, ainda reflexo dos sinais fiscais ruins emitidos pelo futuro governo.
Isso também se reflete na abertura das curvas de juros, especialmente no ‘miolo’, onde se concentrariam os resultados das possíveis políticas a serem adotadas pelo novo governo.
Além de todos os problemas citados, a demora em anunciar uma série de ministros evidencia a dificuldade de se costurar alianças no governo e fica claro que a composição atual não é suficiente para criar um governo com conforto legislativo, que não deixa de ser uma boa notícia.
Atenção hoje aos dados de crédito no Brasil e aos indicadores do mercado imobiliário nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o retorno de diversos mercados, após o natal.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos e abertos parcialmente, reagindo à reabertura indicada pela China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com o retorno da economia chinesa e os temores de tempestades nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2192 / 1,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,254%
Dólar / Yen : ¥ 133,36 / 0,226%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 5204,45 / 0,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,57 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 25: 12,96 % aa (1,04%)
DI - Janeiro 26: 12,91 % aa (0,78%)
DI - Janeiro 27: 12,91 % aa (0,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8750% / 108.738 pontos
Dow Jones: 0,5342% / 33.204 pontos
Nasdaq: 0,2075% / 10.498 pontos
Nikkei: 0,16% / 26.448 pontos
Hang Seng: -0,44% / 19.593 pontos
ASX 200: -0,63% / 7.108 pontos
ABERTURA
DAX: 0,614% / 14026,54 pontos
CAC 40: 0,850% / 6560,19 pontos
FTSE: 0,050% / 7473,01 pontos
Ibov. Fut.: -0,82% / 110498,00 pontos
S&P Fut.: 0,73% / 3898 pontos
Nasdaq Fut.: 0,553% / 11150,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,77% / 113,42 ptos
Petróleo WTI: 0,78% / $80,18
Petróleo Brent: 0,83% / $84,62
Ouro: 0,60% / $1.808,07
Minério de Ferro: 2,30% / $113,20
Soja: 0,77% / $1.479,00
Milho: 0,87% / $666,25
Café: 1,84% / $172,00
Açúcar: 0,43% / $20,98