“Centrão condiciona apoio ao orçamento secreto para aprovar PEC da Transição” e com esta manchete começamos o dia e temos um resumo do que será a relação do governo com o legislativo a partir de 2 de janeiro.
Como citamos aqui anteriormente, especialmente após a formação congressual ao término do primeiro turno, há uma força aglutinadora nas casas legislativas e um avanço do centro esquerda que não facilitará o novo governo.
Existe a opção nada sábia de uma gestão conflitiva, na tentativa de se avançar pautas polêmicas e forçar temas que foram prometidos durante a campanha, mas que são sabidamente impopulares, fora do métier do partido.
Porém, existe a opção de se buscar um resultado consensual e evitar retroceder nas pautas que o próprio congresso já aprovou e focar nas reformas, notadamente a administrativa e tributária, para dar chance do país passar pelos desafios dos próximos anos, com as questões em aberto sobre China, Europa e EUA.
A chamada PEC da Transição, ao menos no que foi anunciado, é uma forma de tentar preservar o auxílio Brasil de R$ 600 e manter a promessa de campanha de ambos os candidatos, portanto está na projeção fiscal da maioria dos economistas, portanto, não assusta como a proposta do aumento do salário-mínimo, da tabela do IR e de R$ 150 para crianças até certa idade, entre outras.
Os investidores e analistas ficarão atentos a todo e qualquer movimento no sentido fiscal, pois acredita-se que a resposta virá na demanda por prêmio nas curvas de juros, sempre que algo fora de escopo seja proposto pelo novo governo, adiando o início do afrouxamento monetário pelo Bacen.
No âmbito internacional, proliferam as notícias de que a China possa abandonar a política de Covid Zero, conforme preconizamos em diversas oportunidades por aqui, antes da reunião do Politburo, dada a necessidade de um crescimento muito forte da segunda economia do mundo para compensar o ano perdido de 2022.
Isso reduziu a cautela dos investidores com o Payroll de hoje, o qual, ainda que dentro das projeções, continua a apontar para um crescimento robusto do mercado de trabalho americano e desemprego na zona plena, com ganhos de salários.
Localmente, além dos resultados da Petrobrás com lucro de R$ 46 bi e da distribuição de dividendos de R$ 43,7 bi, observamos o PMI serviços e composto.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo Payroll e localmente, os resultados de SLC e Banco ABC (BVMF:ABCB4).
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após especulações do fim da política de COVID-Zero na China e os PMIs e compras de ativos por estrangeiros mais fortes no Japão.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com o plano de reabertura da China impulsionando a commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,08%.
CÂMBIO Dólar à vista : R$ 5,1164 / -0,58 %
Euro / Dólar : US$ 0,98 / 0,318%
Dólar / Yen : ¥ 147,85 / -0,324%
Libra / Dólar : US$ 1,12 / 0,574%
Dólar Fut. (1 m) : 5144,00 / 0,20 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,69 % aa (0,29%)
DI - Janeiro 24: 12,98 % aa (0,43%)
DI - Janeiro 26: 11,56 % aa (0,61%)
DI - Janeiro 27: 11,52 % aa (0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0276% / 116.896 pontos
Dow Jones: -0,4557% / 32.001 pontos
Nasdaq: -1,7279% / 10.343 pontos
Nikkei: -1,68% / 27.200 pontos
Hang Seng: 5,36% / 16.161 pontos
ASX 200: 0,50% / 6.892 pontos
ABERTURA
DAX: 1,364% / 13309,30 pontos
CAC 40: 1,743% / 6352,07 pontos
FTSE: 1,013% / 7261,48 pontos
Ibov. Fut.: -0,03% / 118450,00 pontos
S&P Fut.: 0,60% / 3750 pontos
Nasdaq Fut.: 0,711% / 10797,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,95% / 115,82 ptos
Petróleo WTI: 2,97% / $90,79
Petróleo Brent: 2,58% / $97,11
Ouro: 0,96% / $1.646,95
Minério de Ferro: 4,99% / $85,80
Soja: 0,63% / $1.435,75
Milho: 0,70% / $684,50
Café: 1,86% / $175,65
Açúcar: 0,92% / $18,60