ÁSIA: Numa decisão já esperada, o Federal Reserve dos EUA manteve as taxas de juros inalteradas. O sistema disse que continua monitorando a volatilidade dos mercados financeiros e o comportamento da economia mundial.
Apesar da imagem menos otimista em comparação à reunião de dezembro, o Fed insistiu que a atual conjuntura exigirá "só ajustes graduais" da taxa de juros, aumentando a possibilidade de aumentá-las em março. A decisão afetou os mercados mundiais porque juros mais altos no país, e em tese, atraem recursos aplicados atualmente em mercados emergentes como o Brasil.
As bolsas chinesas caíram pela terceira sessão consecutiva, com o principal índice de referência fechando em seu nível mais baixo desde novembro de 2014. O Shanghai Composite caiu 2,92%, com as perdas acelerando no final da sessão. Neste ano o benchmark já caiu 25% e segue a caminho de seu pior desempenho mensal desde outubro de 2008 e cai quase 50%, desde que atingiu o topo em junho passado. O Shenzhen Composite caiu 4,2%. Em Hong Kong, o Hang Seng aparou as perdas e fechou em alta de 1,13%.
No Japão, o Nikkei fechou em queda de 0,71%, após anunciar que as vendas no varejo em dezembro caíram 1,1%, ilustrando a fraqueza na demanda doméstica. As varejistas Fast Retailing, Seven & I e Takashimaya caíram 1,3%, 0,2% e 0,4%, respectivamente. Exportadores como Toyota, Honda e Sony caíram até 5,3% após o iene fechar estável em 118.69. Um iene mais forte afeta negativamente os exportadores, uma vez que diminui os seus lucros. O Banco do Japão iniciou a sua reunião de política monetária de dois dias.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 abriu caindo para 4.909,4 pontos, mas conseguiu virar e fechou em alta de 0,6%, em 4.976,2 pontos, com ganhos de bancos e setores de recursos básicos. Entre as mineradoras, BHP subiu 0,6% e Rio Tinto (L:RIO) avançou 2,1%. A produtora de minério de ferro, Fortescue Metals, subiu 4,1% após anunciar que tinha despachado 42,1 milhões de toneladas de minério de ferro, no quarto trimestre, um pouco melhor do que os 41,9 milhões de toneladas no trimestre anterior e que segue a previsão de enviar 165 milhões de toneladas no exercício de 2016.
A produtora de ouro Newcrest Mining subiu 2,6% após confirmar que deve atingir suas metas em 2016, apesar de uma série de atrasos e interrupções no primeiro semestre. A mineradora produziu 620,691 onças de ouro no trimestre encerrado em dezembro, apesar das interrupções em sua maior mina dno mês de outubro.
Os preços do petróleo caíram durante o pregão asiático, após rali na sessão americana, com a notícia de que a Rússia juntamente com a OPEP estariam perto de um acordo para reduzir o excesso de oferta. Empresas da região fecharam sem direção. As australianas Santos e Woodside subiram 2,1% e 1,5%, respectivamente, mas Inpex e Japan Petroleum do Japão caíram 2,7% e 2,4% respectivamente. Em Hong Kong, CNOOC subiu 1,1%, enquanto no continente China Petroleum apagou os ganhos e recuou 0,5%.
EUROPA: As bolsas europeias reverteram perdas iniciais e seguem em alta, após recuperação do petróleo.
No front corporativo, o Deutsche Bank registrou um prejuízo ante impostos de 1,15 bilhão de euros (US$ 1,25 bilhão) em seu banco de investimento, no quarto trimestre, com suas ações caindo ligeiramente. A gigante de bebidas Diageo (L:DGE), cujas marcas incluem Guinness, Smirnoff vodka e uísque Johnnie Walker, segue negociada em baixa depois de anunciar que as vendas líquidas nos últimos seis meses, findos em 31 de dezembro, cresceram 1,8%.
Enquanto isso, a farmacêutica Roche cai 2% após reportar lucros em 2015 e um dividendo ligeiramente abaixo das previsões. A empresa disse que espera que as vendas cresçam abaixo de 1 dígito em 2016. Na Suécia, a varejista Hennes & Mauritz cai mais de 3%, após dizer que o lucro diminuiu 11%, para 5,53 bilhões de coroas suecas (US$ 649,3 milhões) nos três meses até o fim de novembro, mas que planeja abrir 425 novas lojas neste ano e entrar em novos mercados. Já a Electrolux registrou perdas no quarto trimestre. A empresa elevou sua perspectiva para o mercado americano e ajuda a empurrar as ações para cima.
No Reino Unido, o FTSE 100 tenta se firmar em território positivo, ensaiando um terceiro dia de ganhos com as ações de commodities avançando. A economia expandiu 0,5% em relação ao trimestre anterior e 1,9% no ano.
Destaque para a mineradora Anglo American (L:AAL) que sobe 8,91% após postar seu relatório de produção no quarto trimestre. A produção de minério de ferro subiu 8,4%, enquanto a produção de diamantes diminuiu devido preços mais fracos das pedras preciosas. Entre as gigantes, BHP Billiton e Rio Tinto sobem 0,25% e 1,02%, respectivamente.
Empresa de petróleo se beneficiam da alta do petróleo. BP sobe 1,32%, Royal Dutch Shell avança 1,81% e BG Group (L:BG) adiciona 1,12%. Acionistas da BG devem votar hoje a proposta de aquisição da BG pela Shell. Os acionistas da Shell aprovaram o negócio na quarta-feira (27/01) com uma maioria de 83,08%.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
11h30 - Durable Goods Orders e Core Durable Goods Orders (números mensais de pedidos de bens duráveis para a indústria nos Estados Unidos, além de destacar o indicador se excluídos as encomendas no setor de transportes);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
13h00 - Pending Home Sales (mostra contratos assinados de venda de imóveis usados nos Estados Unidos, porém ainda sem conclusão do negócio);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h50:
ÁSIA
Nikkei: -0,71%
Austrália: +0,60%
Shanghai: -0,50%
Hong Kong: +1,13%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,06%
London - FTSE: +0,23%
Paris CAC: +0,32%
IBEX 35: +0,35%
FTSE MIB: -0,22%
COMMODITIES
BRENT: +2,55%
WTI: +1,81%
OURO: +0,26%
COBRE: -0,39%
SOJA: +0,11%
ALGODÃO -0,18%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,66%
SP500: +0,84%
NASDAQ: +1,32%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.