Em momentos de crises na renda variável, o investidor redobra a cautela e inicia a forte busca por empresas sólidas. No histórico das empresas sobreviventes às crises elencamos critérios para eleger nossos aliados nessa batalha. O investidor corre em busca de empresas que tenham boa geração de caixa, generosa distribuição de dividendo, além de múltiplos descontados em empresas com histórico de vários anos de mercado.
Colocando esses critérios na ponta do lápis, parece uma receita um tanto óbvia difícil de ser assim encontrada, não é? Então está na hora de pegar o celular e mandar aquela mensagem de "Oi Sumido" para os bancos tradicionais.
O "bancões" acabaram sendo deixado de lado por muitos investidores, mas os motivos não faltaram: tivemos a entrada disruptiva das fintechs que prometeram revolucionar o mercado zerando taxas e proporcionando uma experiência 100% digital. Com a promessa de acabar com a burocracia, o tempo de espera e o cafezinho das agências bancárias. Em adicional tivemos uma redução relevante na Selic, com isso, taxas de juros extremamente baixas que diminuíram a margem dos produtos financeiros, somadas a uma possível grande inadimplência.
E agora? O cenário mudou?
A expectativa do cenário macro continua pessimista. Temos diversas crises como a hídrica, a fiscal e a política. Além de esperar um ano com bastante incertezas e muita volatilidade até as eleições presidenciais.
Porém, para estratégia do setor, sim: temos expectativa de elevação da taxa Selic, além de estarmos sentindo na pele o aumento dos preços e das taxas de inflação. Os produtos financeiros e as atividades de crédito conseguem ter o aumento das margens (spread) e as concorrentes disruptivas “fintechs” estão apresentando valuations extremamente elevados. Não podemos deixar de considerar a perenidade do setor que apresenta bons históricos em crises, além de ver esse movimento adaptativo do mundo mais digital e intuitivo mesmo dos bancos mais tradicionais.