Um fracasso e uma vitória. O fracasso do leilão da cessão onerosa ontem foi relacionado a diversos fatores, porém o maior tende a ser a participação estrangeira no processo, a qual gerava uma expectativa de fluxo intenso de dólares ao país.
Obviamente, os críticos ao governo citam tal evento como o sinal do desinteresse dos estrangeiros pelo país, porém é algo mais complexo do que tal pensamento reducionista.
O estrangeiro está sim ávido a entrar no Brasil em diversas formas, basta se analisar o sucesso até agora das concessões e expectativa por privatizações.
O problema da cessão onerosa vai desde a forte concorrência que a Petrobrás impôs em alguns campos, o timing em termos de preços internacionais da commodity para se realizar o leilão, até o petróleo em si, o qual tende a sofrer, e já sofre, o impacto global de redução de demanda e aumento expressivo da oferta.
Mudança nas matrizes energéticas, descobertas de novas fontes de petróleo como o próprio pré-sal e o óleo de xisto nos EUA, evidente aumento das preocupações ambientais, tudo isso contribui para que a commodity comece a lentamente se tornar o novo ‘cigarro’.
A extração de pré-sal é repleta de complexidades técnicas, porém o custo compensa em diversos aspectos, daí a atratividade.
Um novo leilão hoje pode trazer um resultado diferente, dependendo das localizações, do interesse e das indenizações à Petrobras pelos investimentos efetuados. Para o fluxo de dólares, resultado ruim, para a Petrobras, positivo.
Seguindo a premissa eleitoral de evitar volatilidades, Trump dá mais um passo para o fim das tensões comerciais. Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio da China, disse que ambos os lados concordaram em cancelar simultaneamente algumas tarifas existentes sobre os produtos uns dos outros, de acordo com a emissora estatal do país.
Esperanças renovadas da Fase—1 do acordo comercial devem mais uma vez revigorar o apetite pelo prêmio de maior risco.
Na agenda de hoje, atenção às inflações do IPCA e IGP-DI, ambas de importante leitura, dado o novo posicionamento do Banco Central, focado em indicadores para as decisões a partir de 2020.
Há reação também à aprovação da PEC paralela da previdência que inclui estados e municípios e atenção à votação da prisão em segunda instancia, com o voto de minerva de Dias Toffoli.
Atenção aos resultados de NVidia, Siemens, Deutsche Telekom, AES, Enel, Uber, Toshiba, ArcelorMittal, Rakuten, TIM, GoDaddy e Ajinomoto. Localmente, em destaque os balanços de Alper, Azul, B3, BB, BRF, BK, Cyrela, Energisa, Estãcio, Gafisa, Iguatemi, JHSF, Marisa, MRV, Sul America, Tenda e Triunfo.
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ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com os novos avanços na guerra comercial.
Na Ásia, positiva por novos avanços nas tratativas comerciais.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e prata. O petróleo abre em alta, com a melhora do cenário.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,11%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0745 / 1,99 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,181%
Dólar / Yen : ¥ 109,10 / -0,119%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,109%
Dólar Fut. (1 m) : 4084,76 / 2,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,49 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 5,57 % aa (1,83%)
DI - Janeiro 25: 6,14 % aa (1,99%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3300% / 108.360 pontos
Dow Jones: -0,0003% / 27.493 pontos
Nasdaq: -0,2852% / 8.411 pontos
Nikkei: 0,11% / 23.330 pontos
Hang Seng: 0,57% / 27.847 pontos
ASX 200: 1,00% / 6.727 pontos
ABERTURA
DAX: 0,810% / 13286,70 pontos
CAC 40: 0,273% / 5882,76 pontos
FTSE: 0,399% / 7426,17 pontos
Ibov. Fut.: -0,20% / 108876,00 pontos
S&P Fut.: 0,478% / 3090,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,567% / 8253,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 80,36 ptos
Petróleo WTI: 1,28% / $57,09
Petróleo Brent:1,23% / $62,47
Ouro: -0,39% / $1.484,82
Minério de Ferro: 0,16% / $82,98
Soja: -0,63% / $15,66
Milho: 0,07% / $379,00
Café: -0,74% / $107,20
Açúcar: -0,80% / $12,46