Os primeiros indicadores do dia são a premissa de um cenário de poucas mudanças, em meio à catalisação de certos eventos que alimentaram a crise atual, como o problema dos lockdowns na China e a inflação no mundo.
O índice Zew de expectativas na Zona do Euro apresentou piora significativa aos -51,1 pontos, ante -28 anteriores, com o mesmo podendo ser observado na Alemanha, com -53,8 pontos, ante -28 anteriores e projeções de -40,5.
Por se tratar de pesquisa, na mesma linha dos PMI e ISM, o índice reflete a percepção do empresariado, dos consumidores e investidores do atual cenário e das perspectivas para o futuro e como pode se ver, tudo está nebuloso.
Neste cenário, até mesmo a Casa Branca “jogou a toalha” para a inflação, indicando acreditar que o CPI de junho, a ser divulgado amanhã, será elevado e portanto, admitindo uma importante “derrota”, em meio ao custo que isso trará nas eleições de meio de mandado nos EUA.
Os membros do Fed ainda não emitem o mesmo sinal quanto à alta de juros a ser promovida na próxima reunião do comitê de política monetária, porém os sinais de que a alta de 75 bp, a maior em 28 anos pode ser repetida já agita aos mercados.
Eis o ponto, pois até duas semanas atrás, os sinais de que a economia poderia estar em um contexto recessivo foi visto como algo negativo pelo mercado financeiro e na semana seguinte, os sinais de aquecimento econômico e inflação se destacavam e incrementavam a volatilidade dos ativos.
Em resumo, sequer os investidores sabem direito o que querem e parte disso é culpa dos Bancos Centrais de economias desenvolvidas, extremamente atrasados no combate à inflação, com o uso de desculpas como a sua suposta transitoriedade, externalidades, problemas de oferta, guerras etc., quando na verdade, a pressão de preços começou bem antes disso tudo.
Neste cenário de incertezas, ainda que proporcionem ganhos substancialmente melhores, os mercados emergentes sofrem com as incertezas que dominam a mente dos investidores e a falta de rumo e soluções dos problemas vigentes, como Ucrânia e novos lockdowns na China.
Localmente, membros do Banco Central começam a tarefa de utilizar o expediente informal, ou seja, eventos fora do ambiente da instituição para emitir sinais mais duros e ao mesmo tempo, preservar os ganhos do aperto até agora promovido.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a paridade Euro Dólar chegando ao seu limite de um para um.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com o aumento da percepção de risco dos investidores globais.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o ouro.
O petróleo abre em queda em Londres e alta em Nova York, com temores de recessão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,87%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3777 / 2,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / -0,219%
Dólar / Yen : ¥ 136,88 / -0,408%
Libra / Dólar : US$ 1,18 / -0,421%
Dólar Fut. (1 m) : 5398,25 / 1,71 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,09 % aa (1,71%)
DI - Janeiro 24: 13,90 % aa (1,98%)
DI - Janeiro 26: 13,08 % aa (1,83%)
DI - Janeiro 27: 13,08 % aa (1,83%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,0705% / 98.212 pontos
Dow Jones: -0,5243% / 31.174 pontos
Nasdaq: -2,2579% / 11.373 pontos
Nikkei: -1,77% / 26.337 pontos
Hang Seng: -1,32% / 20.845 pontos
ASX 200: 0,06% / 6.606 pontos
ABERTURA
DAX: -0,672% / 12746,24 pontos
CAC 40: -0,258% / 5980,86 pontos
FTSE: -0,397% / 7168,00 pontos
Ibov. Fut.: -2,19% / 99313,00 pontos
S&P Fut.: -0,53% / 3836,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,360% / 11841,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,78% / 115,48 ptos
Petróleo WTI: -2,61% / $101,37
Petróleo Brent: -2,22% / $104,72
Ouro: 0,07% / $1.735,07
Minério de Ferro: -4,56% / $105,00
Soja: 0,58% / $1.650,50
Milho: -0,13% / $780,25
Café: -2,69% / $216,90
Açúcar: -0,27% / $18,82