Resumo da sessão de ontem: recorde nominal do Ibovespa, baseado num viés de possível resolução tanto da guerra comercial, quanto do Brexit(?), apesar da instabilidade recente em ambos os eventos; da agenda de reformas positiva proposta pelo governo e encabeçada pelo Congresso, com a expectativa hoje de aprovação da Previdência no segundo turno do Senado; cenário de juros cadentes por parte do Copom; tudo permeado com um fluxo intenso de saída de estrangeiros das bolsas de valores no Brasil (não necessariamente do país).
Cresce a possibilidade de um cenário de Goldilocks para a economia brasileira, com a sustentação de um crescimento econômico, ainda que moderado e inflação baixa, permitindo uma política monetária favorável ao mercado.
Neste contexto, as atenções devem se forcar fortemente na política monetária, onde tanto Copom quanto Fomc iniciam suas decisões daqui exatamente uma semana, com cortes já contratados de 50 e 25 pontos-base, respectivamente.
Nesta quinta-feira, o BCE ajusta sua política, porém com perspectiva de manutenção dos juros e continuidade do programa de alívio quantitativo.
Com toda esta série de eventos positivos permeando os mercados globais, o foco retorna a um episódio de caráter binário, que pode tanto dar forças à continuidade do panorama de recuperação do apetite pelo prêmio de maior risco em caso de uma surpresa, como pode retomar mais um período de aversão ao mesmo, em especial de mercados emergentes.
A eleição argentina foi o fato deflagrador do movimento mais intenso este ano de aversão ao risco e um dos drivers da desvalorização do Real frente ao dólar.
A decisão ocorre neste domingo e deve deliberar entre o “liberal” pró-mercado Macri e a chapa de tem como vice Christina Kischner, a qual a política econômica criou a crise atual da Argentina.
O mais recente debate de televisão colocou Macri como um candidato mais sólido e centrado do que seu oponente.
Ainda assim, novas pesquisas na Argentina mantêm a vantagem de Fernández sobre Macri e a possibilidade de que não haja segundo turno, com 52% a 32%.
Aparentemente, os investidores globais já precificam o cenário de vitória da oposição e na verdade, considerando as ações pouco liberais de Macri na tentativa de reduzir sua desvantagem eleitoral, em termos econômicos não parece fazer muita diferença.
Ao menos, Macri deixa o legado da entrada na OCDE e a questão é se será mantida, com as prováveis ações de um governo fiscalmente populista e protecionista.
Atenção hoje aos resultados de Novartis, Chubb, Kimberly-Clark, UBS, Chipotle, Hasbro e Whirlpool. Na agenda macroeconômica, IPCA-15 e arrecadação.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na perspectiva positiva da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com os sinais emitidos por China e EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, como peso renovados das perspectivas de recessão global e elevação de estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,57%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1293 / 0,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,081%
Dólar / Yen : ¥ 108,59 / 0,046%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,139%
Dólar Fut. (1 m) : 4140,11 / 0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,44 % aa (-0,22%)
DI - Janeiro 23: 5,42 % aa (-0,18%)
DI - Janeiro 25: 6,11 % aa (-0,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2350% / 106.022 pontos
Dow Jones: 0,2146% / 26.828 pontos
Nasdaq: 0,9079% / 8.163 pontos
Nikkei: 0,25% / 22.549 pontos
Hang Seng: 0,23% / 26.786 pontos
ASX 200: 0,30% / 6.672 pontos
ABERTURA
DAX: 0,227% / 12776,93 pontos
CAC 40: 0,043% / 5650,75 pontos
FTSE: 0,609% / 7207,26 pontos
Ibov. Fut.: 1,25% / 106678,00 pontos
S&P Fut.: -0,013% / 3006,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,031% / 7951,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,34% / 78,51 ptos
Petróleo WTI: 0,30% / $53,65
Petróleo Brent:0,44% / $59,30
Ouro: 0,25% / $1.487,96
Minério de Ferro: -0,20% / $90,58
Soja: -0,25% / $15,89
Milho: 0,71% / $389,75
Café: -0,21% / $96,10
Açúcar: -0,08% / $12,25