O cenário internacional continua bastante desafiador. Dentre as principais observações, está a ênfase de desaceleração econômica em todo o mundo (Estados Unidos, Europa, China).
Os Estados Unidos, por exemplo, estão desacelerando por conta do processo de subida de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, e do aperto das condições financeiras.
Ainda que estejamos presenciando uma desaceleração econômica americana, a dúvida do mercado é se o aperto da política monetária do banco central americano será suficiente para levar o núcleo de inflação de +4,8 por cento para +2 por cento.
Avaliamos que uma eventual necessidade de juros mais altos pode “chacoalhar” o mercado por lá.
Aumenta o risco de recessão na Europa
A Europa, por sua vez, está lidando com um problema energético depois que a Rússia passou a fornecer quantidades cada vez menores de gás ao continente. O impacto mais direto dessa ação é o aumento do preço do gás, que multiplicou por três vezes em 2022.
Com preços maiores e menor consumo, a consequência naturalmente é uma desaceleração importante da atividade econômica por lá e um encaminhamento para recessão.
Em outras palavras, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu xeque mate na Europa.
Desaceleração da China
Enquanto isso, a China, que tem sido um motor importante do crescimento global, também está em desaceleração.
O primeiro ponto é a política de Covid-zero que dificulta manter a economia aberta e atrapalha o desenvolvimento da atividade econômica.
Uma outra questão que o mercado segue de olho é a desaceleração do mercado imobiliário chinês, com quedas de vendas de casas na faixa de -40 por cento.
Esse é um setor que, direta e indiretamente, ocupa cerca de 30 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) da China. Com isso, problemas nesse segmento causam desacelerações importantes do PIB.
Acompanhar os principais movimentos do mercado global ajudará você a entender quais riscos está correndo dentro do seu portfólio de investimento.