É de extrema relevância compreender o passado entre Inflação e Juros para desenvolver estratégias macro de operações Day Trade em contratos futuro de dólar.
Histórico Inflação e Taxa de Juros.
• 2001 - APAGÃO – Causa elevação da inflação de custos. Como consequência o governo eleva a taxa de juros para cumprir a meta de inflação.
• 2002 - ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS - Dólar sai de R$ 2,30 para R$ 4,00. Essa alta gera inflação de custos mais uma vez e taxa de juros para remediar.
• 2005 - DEMANDA CHINESA - Alto crescimento do governo chinês, demanda forte por commodities fazendo com que os preços subam. Para compensar a inflação gerada o Brasil sobe a taxa de juros.
• 2008 - Banco LEHMAN BROTHERS - Crise bancária americana quebra em 15 setembro de 2008, isso faz com que dólar saia de R$ 1,50 para R$ 2,30, mais uma vez dólar em alta gerando inflação de custos e mais um aumento de taxa de juros.
• 2010 | 2011 - PIB brasileiro cresce 7,6%, gera uma inflação de demanda e para controlar o consumo frenético da nova classe média o governo sobe a taxa de juros.
• 2015 – Fracasso total do plano Dilma 2, o Brasil estoura a taxa de inflação chegando a 10,67% quando o limite estava na casa dos 6,5 então mais um aumento da taxa de juros.
• 2016 até 2020 - A taxa de inflação fica dentro de uma faixa controlada e a gradualmente o Brasil reduz gradualmente a taxa de juros de 14% até os níveis atuais de 2%.
Observando passado concluímos a correlação entre Inflação e Juros. Vamos ficar atentos!
Pontos importantes para monitorar em 2021
1. Indicadores de inflação
3. Aumento da taxa de juros
4. Dívida Pública – Cada dia o encurtamento de seu prazo médio (Alternativa disponível neste momento de pandemia)
5. Situação FISCAL brasileira
6. Queda do Dólar: Preço abaixo de R$ 4,80 com taxa de desemprego elevada pode afetar a indústria nacional.
POLÍTICA
Faltam apenas 2 anos para as próximas eleições presidências. Pouquíssimo tempo para os governantes fazerem alguma coisa pelo Brasil. Em dezembro e janeiro atenção será consumida por eleições para as presidências da Câmara e do Senado, e então de lideranças, mesas diretoras e presidências das principais comissões das duas casas do Congresso. Já estaremos então em março de 2021, abril talvez caso o Executivo decida promover reforma ministerial para refletir o cenário resultante das urnas e com isso construir base de apoio mais sólida no Congresso. O restante de 2021 e o início de 2022 é quanto haveria para a gradual constituição de alianças e chapas com vistas às eleições de outubro. E então seis meses de intensa campanha.
São dois anos para construir apoios, com serenidade e humildade, mas também com o sentido de urgência que impõe a crise das finanças públicas. Para adotar medidas difíceis, em diálogo com o Congresso e com o Judiciário.
CONCLUSÃO
Ao que tudo indica o atual presidente corre um risco grande de não se eleger novamente, se seguir com esse presidencialismo de confronto. Caso esse risco da não reeleição entre no radar presidencial o governo pode tentar manobras populistas com gastos e políticas sociais, pensando em 2022 e comprometendo ainda mais a situação fiscal do Brasil.
Lamentavelmente, parte expressiva das incertezas que hoje paralisam a economia são de natureza política e levam a crer que as reformas não ocorrerão.
Dá receio em pensar no que pode vir por aí.
Um ótimo 2021 para todos!!!