Publicado originalmente em inglês em 22/06/2021
As ações da Hexo Corp (NYSE:HEXO) (TSX:HEXO) oscilaram bastante durante sua firme queda nos últimos dias desde que a cultivadora de cannabis divulgou seus resultados trimestrais.
A ação fechou o pregão de segunda-feira a US$5,76, uma queda de 18,5% em relação ao início da semana passada.
A empresa canadense do segmento de marijuana registrou uma receita de US$18,26 milhões no terceiro trimestre Os analistas esperavam que a Hexo tivesse um faturamento de US$27,87 milhões.
Esses resultados, aquém do previsto, foram um balde de água fria sobre a Hexo, que vinha ganhando tração no competitivo mercado de cannabis com uma série de acordos. A empresa sediada em Ottawa havia anunciado, no início deste ano, acordos que totalizaram cerca de US$1,05 bilhão para assumir o controle de três outras empresas do setor: Zenabis Global (OTC:ZBISF) (TSX:ZENA), 48North Cannabis Corp (OTC:NCNNF) (TSXV:NRTH) e Redecan Pharm.
Tais acordos chamaram a atenção do mercado e mostraram o ímpeto da Hexo em expandir suas operações e se tornar uma das cultivadoras de cannabis canadenses com alcance internacional.
Mas, como disse um analista da Stifel em nota, citada em uma reportagem da BNN Bloomberg na semana passada, esse baixo desempenho da Hexo no terceiro trimestre deve mudar de alguma forma sua trajetória.
Assim se manifestou Andrew Carter:
“Embora a agressiva atividade de fusões e aquisições da Hexo tenham conseguido mudar o foco em relação a uma eventual perda de força da companhia, principalmente em um trimestre desafiador em termos de resultados para todo o setor, a magnitude do seu baixo desempenho coloca em questão não só seu core business, mas também sua capacidade de gerar valor a partir das suas três aquisições".
Dois dos três acordos firmados pela Hexo, no entanto, ainda não foram fechados. E a expectativa é que não sejam concluídos até o fim deste ano, já que aguardam aprovação regulatória.
Cronos adquire participação na PharmaCann
O Cronos Group (NASDAQ:CRON) (TSX:CRON) anunciou, na semana passada, que estava adquirindo 10,5% de participação da PharmaCann, uma das maiores empresas americanas de cannabis de capital fechado.
O acordo, avaliado em US$110.4 milhões, entrará em vigor assim que a cannabis for legalizada nos EUA. O movimento, de acordo com o presidente e CEO da Cronos, Kurt Schmidt, faz parte da estratégia de crescimento da companhia em território americano.
A PharmaCann opera em seis estados e possui 23 dispensários e 6 instalações de cultivo e produção.
Os papéis do Cronos Group fecharam ontem a US$8,56, uma alta de 2,5% no dia.
Connecticut deve se tornar o décimo oitavo estado americano a legalizar a cannabis.
O senado estadual votou para aprovar a iniciativa, que permitirá a venda de cannabis recreativa. A maconha só estará formalmente legalizada quando a lei for sancionada pelo governador, que não deve fazer muita oposição.
De acordo com matérias publicadas, as vendas de marijuana no estado devem atingir US$750 milhões até 2025. A tão aguardada legislação federal pode ser apresentada já no próximo mês, de acordo com um tuíte de um executivo do setor.
Na semana passada, o presidente executivo da Curaleaf (OTC:CURLF), Boris Jordan, declarou que o líder da maioria no senado, Chuck Schumer, juntamente com outros dois senadores democratas, apresentaria uma legislação abrangente sobre a cannabis em julho.