Nestes últimos dias, a garantia que temos no mercado de câmbio é de volatilidade. Vimos uma prévia disso ontem, quando o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,1911 após oscilar entre R$ 5,1837 e R$ 5,2554. A moeda americana caiu bem, mas também é natural, depois de movimentos expressivos na moeda, haver momentos pontuais de correção na direção oposta, conforme operadores realizam lucros.
Na briga pela Ptax, os vendidos (agentes que apostam na queda da moeda norte-americana contra o real) entraram forte ontem. Vamos ver a força deles hoje…
A alta do dólar que ocorreu nos últimos dias é reflexo de uma inflação persistentemente alta no mundo inteiro, que desencadeou respostas de política monetária muito agressivas por parte dos principais bancos centrais, como o Fed, que já subiu os juros em 1,5 ponto percentual desde março. Com taxas de juros mais altas em economias fortes, o investidor migra para ativos mais livres de risco, como o dólar e a dívida dos Estados Unidos.
Sentimento é de medo de uma recessão global, já que taxas de empréstimo mais altas pesam sobre os gastos das famílias e das empresas.
Além disso, cenário interno aqui no Brasil, também está desafiador como a aproximação das eleições presidenciais de outubro. Mercado opera em ambiente de muita cautela observando a tramitação no Congresso da PEC dos Combustíveis, que prevê aumentos nos valores do Auxílio Brasil e do vale-gás e criação de voucher para transportadores autônomos de carga, com impacto total estimado em 38,75 bilhões de reais.
Hoje, nos EUA, saem os seguintes índices: pedidos iniciais por seguro desemprego e PMI de junho. Já na Europa mais discurso de Christine Lagarde. Por aqui, taxa de desemprego e a Ptax.
Dica de hoje, cautela, com tanta volatilidade no câmbio no intraday é mais seguro acompanhar bem de perto os movimentos.
Boa sorte, turma!