Bom dia, mercado do câmbio. Pois é, o comunicado do Fed após a manutenção de juros nos EUA deixou a porta aberta para novas altas, caso os dados mostrem e as autoridades de política monetária acharem pertinente. Segundo Powell, o Fomc pretende deixar o juro norte-americano em território contracionista, até que sintam que a queda da inflação é sustentável por lá.
Ou seja, o objetivo continua sendo estabilidade de preços e otimização de empregos. Portanto, a taxa de juros dos EUA continua na faixa de 5,25% a 5,50%. E, assim, o dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 4,8804 para venda. Como falei para vocês na análise de ontem, o dólar começou a subir após às 15h30 (horário de Brasília), em resposta à fala de Powell.
Para hoje, o mercado vai continuar reagindo ao comunicado do Fed e também à decisão do Compom, que saiu após o fechamento aqui e foi conforme o esperado. O BC cortou o juros em 0,5 pp, fazendo a nossa Selic ir a 12,75% ao ano. O carry trade até que ainda é interessante, só que cada vez menos. Agora é aguardar se o nosso Banco Central vai continuar cortando os juros em 0,5 pp nas próximas reuniões ou se vai acelerar esses cortes.
Com as decisões de corte de juros aqui e mais cortes à frente, e a manutenção dos juros nos EUA e em aberto para mais altas, é força para o dólar. Para nós do câmbio resta ver a questão do fluxo, esse sim é soberano e derruba qualquer argumento.
E não se esqueçam que não estamos otimistas com a questão fiscal, e se as contas vão fechar quanto ao tal déficit zero, então incertezas nesta área também prejudicam nosso realzinho. Vamos acompanhar.
No calendário econômico para hoje teremos nos EUA os pedidos por seguro-desemprego e vendas de casas usadas. Na Europa, a confiança do consumidor de setembro e discursos de Christine Lagarde e Schnabel, do BCE.
Bons negócios a todos e muito lucro, galera!