Ontem, após forte volatilidade, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,821 praticamente estável. Chegou a oscilar entre R$ 4,8653 e R$ 4,8055.
Após a ata do Fed, que veio como se esperava e estava bem precificada (a menção a mais duas altas de 0,50 ponto percentual nos juros) e depois uma rediscussão da trajetória, sentimos uma melhora de ânimo no mercado internacional. A moeda brasileira vem numa montanha-russa e foi uma das que mais sofreram desde 5 de abril (a mínima do ano R$ 4,5820), quando um fortalecimento global do dólar alvejou divisas emergentes.
A política monetária norte-americana, que deve ficar ainda mais apertada, e problemas na China são as razões principais para os recentes movimentos do câmbio. No plano local a eleição deve ganhar cada vez mais espaço e adicionar um componente de incerteza.
Apesar do vaivém recente, o real é uma moeda com atrativos como juro mais alto, abertura do diferencial de crescimento a favor do Brasil e aumento dos termos de troca.
Mas… a volatilidade está muito alta. Dados do mercado de opções mostram que, no horizonte que abarca a eleição em outubro, a volatilidade implícita da taxa de câmbio alcançou ontem o maior patamar desde setembro de 2018, indicativo de maior incerteza sobre os rumos do par dólar/real.
Para hoje continuaremos com os impactos da ata no mercado e por aqui o Caged de abril (dado de emprego), nos EUA o PIB trimestral e pedidos iniciais por seguro-desemprego. Bons negócios a todos.