O mercado de câmbio está sofrendo demais! Ontem foi um dia de busca de proteção a risco. Dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,3121. Mas a moeda chegou a operar acima de R$ 5,35.
O mercado segue torcendo o nariz com Haddad na Fazenda e preocupado com boatos sobre o nome de Aloizio Mercadante para a presidência da Petrobras (BVMF:PETR4). Aloizio Mercadante é um dos coordenadores da transição de governo e ex-ministro do governo Dilma Rousseff. Ele estaria sendo cotado para assumir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ou a comandar a Petrobras.
Para completar o salseiro, surgiram boatos sobre alterar a Lei das Estatais, que impede a indicação de pessoas com vínculo recente a partidos políticos para cargos de diretoria e presidência desse tipo de organização, e fizeram o mercado ficar “de cabelo em pé”.
A nomeação de Mercadante para ocupar o comando de alguma estatal sinalizaria uma política econômica mais desenvolvimentista do governo eleito, com expansão do gasto público para impulsionar o crescimento. Pois é, não sei de onde sairá tanta grana. Mesmo com os gastos extra teto, uma hora essa conta vai chegar.
Enquanto isso, olhando para o exterior, segue ambiente de cautela antes da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que amanhã divulgará a nova taxa de juros por lá. Se subir mais do que o esperado, força para o dólar. Há ampla expectativa no mercado de que o Federal Reserve desacelerará o ritmo de seu aperto monetário para alta de 0,50 ponto percentual nos juros, depois de promover altas de 0,75 ponto em cada uma de suas últimas três reuniões.
Para o BCE, há incerteza se o aperto será de 50 pontos-base PB ou 75 p.b.
Na China voltam as preocupações com aumentos de casos de Covid.
E para hoje o calendário trará a ata do Copom, que deve mostrar preocupação com o comprometimento fiscal do próximo governo. Nos EUA sai o IPC.
Sangue frio e cautela no câmbio, turma. Bons negócios a todos!