A recessão voltou à pauta ontem, após ter sido afastada na sexta feira. Fala sério, turma. Parece que somos bobos. Um dia não tem mais risco de recessão porque os dados de emprego nos EUA melhoraram, no outro, o risco da recessão cresceu. Vamos aos fatos, porque especulação a gente já escuta muito…
Para mim, o que alimentou a alta de ontem foi a queda nas commodities, e o Brasil sempre reage muito a esse dado por ser exportador. Além disso a PEC que deve ser votada essa semana causa receios quanto ao descomprometimento fiscal e para completar o cenário interno temos as tensões políticas pré eleição.
Somado a isso, tem os novos lockdowns na China para combater o surto de variante do coronavírus e problemas de fornecimento de gás russo à Europa, o que sem dúvida reavivou os temores de recessão global que haviam arrefecido nos dois últimos pregões da semana passada.
O risco de novos problemas nas cadeias de produção em razão da política chinesa de "covid zero", com eventuais impactos recessivos e inflacionários, jogam mais incerteza sobre a atividade global no momento em que os bancos centrais desenvolvidos, em especial o Fed, sobem juros para combater à inflação.
E ontem,o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, disse que dados recentes de inflação não têm sido tão encorajadores quanto ele gostaria, explicando que a falta de melhora no ritmo de avanço mensal dos preços justifica outro aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros quando as autoridades do Fed se reunirem no fim deste mês.
E, no final, o dólar ontem fechou o dia cotado a R$ 5,3710 para venda.
Quanto a paridade euro/dólar, está muito perto de 1 para 1 devido aos riscos de interrupção do fluxo de gás da Rússia à Europa.
Para hoje, os índices são crescimento do setor de serviços no Brasil.
Quem comprou sexta feira e vendeu ontem realizou um belo lucro… seguimos na volatilidade e lembrem se que, contra fluxos, não há argumentos!
Boa terça feira, pessoal! Que seja de lucros!