As commodities vêm melhorando por expectativa de maior demanda chinesa em meio à seca e à onda de calor que têm afligido lavouras no país. Com isso, países exportadores de commodities, como é o caso do Brasil, têm suas moedas valorizadas. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$5,0988 para venda. Durante o dia, chegou até a cair mais, batendo na mínima de R$ 5,0704.
Vamos falar dos EUA e quais fatores por lá que impactaram também nesta queda da moeda norte americana ante o real. A atividade de negócios no setor privado dos EUA contraiu pelo segundo mês consecutivo em agosto e no ritmo mais intenso em 18 meses, com particular piora no setor de serviços, à medida que a demanda enfraqueceu diante da inflação e das condições financeiras mais apertadas. Além disso, as vendas de moradias unifamiliares nos EUA em julho caíram ao menor patamar em seis anos e meio, impactadas pelas taxas mais altas das hipotecas, que são reflexo direto do aumento de juros pelo Fed.
A divulgação de indicadores econômicos norte-americanos mais fracos pode servir de argumento para o banco central dos Estados Unidos amenizar o tom duro nas comunicações sobre inflação e alta de juros. Ponto para o real, que com juros altos por aqui, atrai mais capital.
Agora o mercado aguarda a fala do chair do banco central dos EUA, Jerome Powell, em Jackson Hole, evento no qual se espera que Powell emita sinalizações sobre a política monetária. Mais recentemente, falas de dirigentes do Fed vieram na linha mais dura, o que empurrou o dólar para cima no mundo, mas a perspectiva de uma desaceleração econômica tem estimulado apostas numa amenização de tom por parte do Fed.
Para hoje, de importante no calendário, teremos no Brasil o IPCA-15 mensal (agosto) e anual, para vermos a quantas anda a inflação por aqui.
Bons negócios com bastante lucros a todos!