A Câmara concluiu na tarde de ontem a votação em primeiro turno da chamada PEC da Transição, que amplia o teto de gastos em 145 bilhões de reais em 2023 para o pagamento do Bolsa Família e que garante alguma margem de manobra orçamentária ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. E o texto foi aprovado em segundo turno pelos deputados de maneira que encurta de dois para um ano o prazo de validade da ampliação do teto. Esse prazo menor repercutiu bem no mercado, e como o dólar já tinha subido precificando o prazo maior para o extra-teto, esse prazo agora de um ano enxugou um pouco o prêmio de risco. Melhor para o real! Só que ainda falta passar novamente pelo Senado.
Os mercados ainda estão operando em modo de espera antes de novas indicações de nomes para a equipe do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, especialmente para os cargos de secretário do Tesouro Nacional e secretário de Política Econômica.
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado em R$ 5,2045 para venda. Praticamente estável em relação ao fechamento do dia anterior. Apesar disso, o pregão foi muito volátil, assim como deve se hoje, devido ao fluxo menor de negócios, característico desta época do ano.
Ontem, na agenda do exterior tivemos de indicadores dos EUA, o índice de confiança do consumidor, que avançou a 108,3 em dezembro, acima da previsão de 101,2. As vendas de moradias usadas tiveram queda de 7,7% em novembro ante outubro, quando a expectativa dos analistas era de recuo menor, de 5,9%. Já na Europa, o euro esteve sob leve pressão. A Pantheon previu que a zona do euro sofra contração de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, mas cresça 0,5% em todo o próximo ano.
Para hoje, no calendário, teremos nos EUA o PIB trimestral e pedidos por seguro-desemprego.
Bons negócios a todos!