E seguimos sem direção, nada muda nos índices e na inflação mundo afora, mas, cada dia, o mercado reage de uma maneira às mesmas notícias.
Agora, os atritos entre Rússia e Ocidente se agravam com a perspectiva de Finlândia e Suécia aderirem à Otan.
A valorização de algumas commodities agrícolas deram certo suporte a moeda brasileira e fizeram o câmbio aqui fechar na contramão do exterior. E o dólar continua sendo um grande mistério para nós analistas de câmbio. A valorização global da moeda norte-americana ontem, em meio a um forte movimento de liquidação de ativos de risco, não se traduziu em corrida pelo dólar no mercado doméstico. A moeda fechou cotada a vista em R$ 5,1404 em leve baixa de 0,08%.
A volatilidade está imensa, a moeda chegou a atingir a máxima a R$ 5,2096 e a mínima de R$ 5,1073. A aversão ao risco e a volatilidade extremada dos mercados tem como pano de fundo a possibilidade de perda de fôlego da economia global em meio a aperto monetário nos países desenvolvidos, sobretudo nos EUA, para conter a inflação.
A taxa de juros doméstica elevada ainda dá certa sustentação ao real, ao tornar muito custoso o carregamento de posições compradas em dólar. Além disso, caso o Fed opte por seguir com altas de 50 pontos-base da taxa básica americana, o diferencial de juros local e externo vai se estreitar mais devagar.
Para fechar a semana hoje daí por aqui IBC-Br (considerado uma prévia do PIB) e fluxo cambial estrangeiro.
Ótimo final de semana e, porquê não dizer, sorte, muita sorte, pessoal, em suas tomadas de decisão!