Finalmente o dólar parece ter se estabilizado em uma nova banda de negociação compreendida entre o topo, em aproximadamente R$ 3,92 e o fundo, em R$ 3,71. Depois de alguns meses de “loucura” e “disparada”, com a explosão do esquema de corrupção da “lava-jato”, retração econômica e “risco-Dilma”, parece que o Mercado agora tem um novo horizonte de negociação e novos patamares para servir como parâmetros.
Porém, esta “calmaria” pode estar com os dias contados, ou melhor, com as horas contadas. Ao final do pregão de hoje, poderemos ter um dos dias mais importantes do ano econômico. Às 17h00 de Brasília, o FED, por intermédio da sua presidente, Janet Yellen, divulgará sua política econômico e existe grande expectativa que finalmente as taxas de juros possam sofrer um ligeiro aumento de 0,25%, passando de 0,25% para 0,50%.
Este assunto tem sido debatido com bastante relevância nos últimos meses, haja vista a recuperação da economia americana em termos de crescimento do PIB, redução do número de desempregados e inflação no rumo do crescimento. Estes são os ingredientes básicos que apontam para uma economia bem estruturada e são os principais motivos justificáveis para uma taxa de juros superior.
Os países emergentes, entre eles o Brasil, a Rússia, a Turquia e a África do Sul, podem ser as principais vítimas da volatilidade do Mercado e terem suas moedas muito desvalorizadas. Caso a especulação do aumento dos juros americanos se confirme, poderemos ter um dólar acima dos R$ 4,00 novamente. Alguns especialistas indicam que o dólar poderá flutuar na casa dos R$ 4,50 em 2016.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)