Os preços do café robusta estão em queda no Brasil. Conforme pesquisadores do Cepea, a pressão vem da menor presença de compradores no mercado interno, justificada principalmente pela possibilidade de o governo federal liberar a importação da variedade. As baixas de preços do robusta são verificadas mesmo com a oferta reduzida e com as condições climáticas ainda pouco favoráveis ao desenvolvimento da safra 2017/18. Na terça-feira, 7, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 459,73/saca de 60 kg, recuo de 3,02% em relação à terça anterior, 31 de janeiro. A expectativa é de que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) seja a favor da importação. No entanto, em reunião com representantes do setor cafeeiro, o governo decidiu aguardar a divulgação dos números de estoque do mercado doméstico para se posicionar. Se houver liberação, no entanto, ainda não há data definitiva para a abertura das compras.
ALGODÃO: COM DISPARIDADE DE VALORES, INDICADOR OSCILA
Os preços da pluma têm apresentado pequenas oscilações no mercado interno, devido à disparidade entre os valores pedidos por vendedores e ofertados por compradores. Vendedores, atualmente mais ativos que compradores no mercado interno, estão firmes nos valores pedidos. Já compradores mantêm-se retraídos. Na maioria dos casos, segundo pesquisadores do Cepea, empresas trabalham com a pluma em estoque ou com o recebimento das programações já firmadas. Além disso, com o início da safra da soja no Brasil, agentes têm relatado aumento nos preços dos fretes, o que dificulta ainda mais o acordo entre comprador e vendedor Entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, caiu ligeiro 0,3%, fechando a R$ 2,7424/lp nessa terça-feira, 7. Na parcial de fevereiro, o Indicador registra recuo de 0,5%. Apesar de certa estabilidade, alguns lotes de pluma envolvendo pequenos volumes têm sido negociados para embarque imediato.
ARROZ: COM APROXIMAÇÃO DA COLHEITA, INDÚSTRIA SE RETRAI E LIQUIDEZ É BAIXA
O ritmo de comercialização de arroz em casca no Rio Grande do Sul está lento nestes primeiros dias de fevereiro. Tanto compradores quanto vendedores estão atentos ao desenvolvimento da nova safra (2016/17) – a colheita deve começar a partir da segunda quinzena deste mês. Além disso, segundo agentes consultados pelo Cepea, a dificuldade de contratar caminhões para o transporte interestadual de arroz beneficiado dificultou as negociações. O feriado de 2 de fevereiro nas cidades de Camaquã e Pelotas, importantes polos de comercialização do cereal, também motivou a baixa liquidez. De 31 de janeiro a 7 de fevereiro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros subiu ligeiro 0,3%, fechando a R$ 49,77/saca de 50 kg nessa terça-feira, 7.