O clima tem sido favorável, mas a bienalidade negativa deve resultar em menor produção de café na temporada brasileira 2017/18. Com isso, conforme colaboradores do Cepea, compradores nacionais já se mostram preocupados com a provável justa oferta do grão em 2017 e também no início de 2018, já que esse cenário deve manter firme os preços do café. Para os cafés de menor qualidade, os valores também podem se manter de firmes a elevados, visto que a produção do robusta não deve se recuperar e, com isso, torrefadoras devem seguir buscando o arábica mais fraco para composição dos blends.
ARROZ: MAIOR OFERTA DEVE PRESSIONAR VALORES NO 1º SEMESTRE DE 2017
Estimativas de aumento das produções doméstica e mundial, somadas à antecipação da colheita 2016/17 no Brasil (esperada para fevereiro), devem elevar a oferta de arroz em casca ao mercado interno, pressionando as cotações. Além disso, de acordo com pesquisadores do Cepea, o dólar pode continuar favorecendo as importações do produto nos próximos meses, o que aumentaria ainda mais a disponibilidade interna do casca. Para o segundo semestre, no entanto, o baixo estoque de passagem estimado para a safra 2016/17 pode sustentar as cotações.
ALGODÃO: OFERTA REDUZIDA PODE SUSTENTAR COTAÇÕES NO INÍCIO DE 2017
O menor volume colhido na safra 2015/16, o comprometimento de vendedores brasileiros com a entrega de algodão já contratado e o baixo estoque de passagem da safra 2015/16 têm alicerçado a expectativa de sustentação nos preços da pluma nos primeiros meses de 2017. Segundo pesquisadores do Cepea, a concentração da pluma com poucos agentes, especialmente tradings, também traz incertezas quanto à oferta do produto ao mercado interno. Ainda, vendedores têm estado atentos às oscilações do câmbio e dos preços internacionais (Cotlook A e contratos futuros na Bolsa de Nova York), já que o dólar será determinante para manter a disponibilidade de pluma ajustada à demanda.