O Comitê Executivo de Gestão (Gecex), ligado à Câmara de Comércio Exterior (Camex), autorizou, na quarta-feira, 15, as importações brasileiras de 1 milhão de sacas de 60 kg de café robusta entre fevereiro e maio. A autorização das importações da variedade e a retração compradora no mercado interno têm pressionado as cotações do robusta, que caíram 5% nos últimos sete dias. Nessa terça-feira, 21, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 431,62/saca de 60 kg (à vista e a retirar no Espírito Santo). Conforme colaboradores do Cepea, produtores e agentes do setor têm realizado manifestações pedindo o cancelamento da autorização da Câmara. Apesar da aprovação, ainda há algumas pendências burocráticas para que o processo de liberação seja concluído.
ARROZ: MENOR DEMANDA PRESSIONA COTAÇÕES
As cotações de arroz continuam em queda no mercado interno. Entre 14 e 21 de fevereiro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 2,2%, fechando a R$ 47,93/sc de 50 kg nessa terça-feira, 21. Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias seguem retraídas, trabalhando com estoque já adquirido e aguardando o avanço de colheita da safra 2016/17 – com crescimento estimado em 15,2% na produção do Rio Grande do Sul (5º levantamento de safra da Conab). Do lado vendedor, orizicultores estão voltados às atividades de colheita. Mesmo assim, alguns negócios de arroz da nova safra foram efetivados no período.
BATATA: CHUVAS NO PR E EM SC IMPULSIONAM VALORES
O preço da batata padrão ágata especial subiu 10,76% na última semana, frente à anterior, a R$ 52,55/sc de 50 kg no atacado paulistano. Conforme pesquisadores do Cepea, essa alta se deve ao “mercado de chuva” no início do período nas regiões de Guarapuava (PR) e Água Doce (SC), o que reduziu o volume dos atacados e impulsionou os preços do tubérculo. A alta nas cotações só não foi mais expressiva porque a oferta em algumas regiões, como o Sul de Minas, ainda é grande. Além disso, o Cerrado vem intensificando a safra.
ALGODÃO: POSTURA FIRME DE VENDEDORES SUSTENTA PREÇOS
Os preços internos do algodão em pluma têm oscilado, ora sustentados pela postura firme de vendedores ora pressionados pela retração compradora. Segundo pesquisadores do Cepea, grande parte das empresas alega dificuldades em repassar os altos preços da matéria-prima para produtos derivados, como fios, e aguarda valores menores para adquirir novos lotes no spot. Dessa forma, a maioria das indústrias está trabalhando com a pluma em estoque e/ou de contratos realizados anteriormente. No balanço dos últimos sete dias, as cotações se mostraram praticamente estáveis, indicando uma predominância do comportamento de cotonicultores. O ritmo de negócios segue lento. Entre 14 e 21 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4 posta em São Paulo teve leve queda de 0,3%, fechando a R$ 2,7364/lp nessa terça-feira, 21. Na parcial do mês (até dia 21), o Indicador registra baixa de 0,76%.