Os contratos futuros do café iniciaram a semana apresentando ganhos nos mercados internacionais, com os fundos tendo espaço para recomprar posições na Bolsa de Nova York, principalmente após a intensa liquidação realizada na semana antecedente.
No entanto, o fato de o mercado nova-iorquino não ter rompido a resistência em US$ 1,40 por libra-peso, o início da colheita no Brasil, o maior produtor mundial, e a mudança de direção do dólar inverteram o cenário e reduziram os ganhos.
Ontem, o contrato C com vencimento em julho/2017 encerrou o pregão a US$ 1,3495 por libra-peso na ICE Futures US, com alta de 155 pontos frente ao fechamento da sexta-feira passada. Na ICE Futures Europe, o vencimento julho do contrato futuro do robusta subiu US$ 46 ante a semana anterior e fechou valendo US$ 1.992 por tonelada.
No Brasil, o dólar comercial registrou ganhos moderados na semana, à medida que investidores demandaram um maior volume da divisa em meio ao cenário de incertezas a respeito do avanço das reformas da Previdência e trabalhista. Na quinta-feira, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 3,1827, com valorização de 0,25% na comparação com a sexta-feira passada.
Em relação às condições climáticas no cinturão cafeeiro do País, a Climatempo informa que, neste fim de semana, o sol surgirá entre nuvens e poderá chover a qualquer momento na Zona da Mata de Minas Gerais, no leste de São Paulo e no Rio de Janeiro. Nas regiões central e sul de Minas e no Espírito Santo, haverá sol e podem ocorrer pancadas de chuva à tarde, enquanto sol e tempo firme é a previsão para o restante das áreas da Região Sudeste.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a liquidez segue baixa no mercado doméstico brasileiro, tendo ocorrido poucos negócios durante os picos de preço. A proximidade da colheita no País também afasta a maioria dos agentes do mercado. Ontem, os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 455,62/saca e a R$ 400,09/saca, respectivamente, com variações de -0,4% e 2,3% ante o fechamento da semana anterior.