Dados levantados pelo Cepea mostram que os preços do café arábica seguem em forte alta no Brasil. Na parcial deste mês (de 30 de dezembro de 2020 a 19 de janeiro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, avançou 43,85 Reais por saca de 60 kg (ou +7,2%). Na sexta-feira, 15, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 renovou o recorde nominal da séria do Cepea (iniciada em 1996), quando fechou a R$ 651,99/sc. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da alta externa e, sobretudo, da retração de vendedores no spot nacional. Neste caso, ressalta-se que a maior parte dos produtores segue afastada do mercado, tendo em vista o elevado percentual de café já comercializado anteriormente e a expectativa de quebra de produção na safra 2021/22.
ALGODÃO/CEPEA: PREÇOS CONTINUAM OPERANDO EM RECORDES NOMINAIS
Os valores domésticos do algodão em pluma seguem operando em patamares recordes nominais. Pesquisadores do Cepea indicam que vendedores brasileiros estão firmes nos valores de novas negociação e focados no cumprimento dos contratos a termo, especialmente os direcionados ao mercado internacional. Do lado comprador, indústrias estão mais cautelosas em elevar suas ofertas e/ou praticar os preços atuais, apontando dificuldades em repassar novos custos aos seus produtos. Ainda assim, compradores com necessidade imediata cedem nos valores pagos – ainda que para pequenos volumes. Entre 12 e 19 de janeiro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 2,7%, fechando a R$ 4,4314/lp na terça-feira, 19, sendo este o novo recorde nominal, considerando-se toda a série história desse produto, iniciada em julho de 1996.
ARROZ/CEPEA: COMPRADOR PRESSIONA, E INDICADOR SEGUE EM QUEDA
Com as recentes quedas nos preços do arroz em casca, alguns agentes estiveram retraídos das negociações nos últimos dias. Dentre os compradores ativos, uma parte deles reduziu ainda mais os valores ofertados pelo cereal, alegando dificuldades nas vendas do fardo e queda nos preços do produto final. Vendedores, por sua vez, permanecem firmes. Do lado do produtor, segundo colaboradores do Cepea, o baixo volume de casca disponível para negociação “livre” (comercialização diretamente com o orizicultor, para retirada na propriedade) fez com que produtores mantivessem os valores de comercialização 5 Reais/saca acima dos ofertados pelos demandantes. Diante disso, verificou-se “queda de braço” entre as pontas compradora e vendedora, mas, ainda assim, a pressão compradora se sobressaiu. Nesse contexto, entre 12 e 19 de janeiro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS (58% de grãos inteiros e com pagamento à vista) recuou 0,98%, para R$ 89,75/sc de 50 kg nessa terça-feira, 19.