Os contratos futuros do café voltaram a ter desempenho negativo ao longo da semana encerrada ontem. Contudo, com o último fechamento positivo, analistas acreditam que o mercado pode ter encontrado piso em torno de US$ 1,10 por libra-peso. Até a quinta-feira, foram oito pregões com fechamentos negativos consecutivos.
Segundo eles, a tendência é que agora os preços oscilem menos, aguardando novidades do lado fundamental. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dez/2020 encerrou a sessão de ontem a US$ 1,1115 por libra-peso, acumulando perdas de 235 pontos. Na ICE Europe, o vencimento nov/2020 caiu US$ 4, fechando a US$ 1.352 por tonelada.
O dólar comercial subiu 2,5% na semana frente ao real, registrando quatro avanços nos últimos cinco pregões. O ambiente externo incerto em relação ao ritmo de recuperação da economia mundial, devido ao crescimento no número de casos da Covid-19 na Europa, e indicadores mistos da atividade econômica nos EUA fazem com que investidores fujam do risco e se protejam no dólar. Ontem, a moeda fechou a R$ 5,51.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o tempo permanecerá predominantemente quente e seco em todo o Sudeste até o fim de setembro. O serviço alerta que, sem chuva, a atenção se volta aos níveis de umidade relativa do ar nas horas mais quentes do dia e ao aumento no número de focos de queimada.
A Somar aponta, ainda, que as temperaturas se elevam e facilmente ultrapassarão os 30ºC em várias áreas. A previsão para o retorno das precipitações é na primeira semana de outubro, na faixa entre o leste de São Paulo e o Rio de Janeiro, mas sem expectativa para grandes volumes acumulados.
No mercado físico, o arábica acompanhou a queda internacional, mas o conilon avançou na semana, graças à presença de compradores, ainda que a liquidez tenha sido baixa. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para ambas variedades ficaram em R$ 536,31/saca e R$ 396,55/saca, com perda de 1,6% e ganhos de 2,9%, respectivamente.