As cotações do café arábica vêm oscilando nos últimos dias, devido à alta volatilidade dos futuros e do dólar. Nesse cenário, agentes estão retraídos, e o ritmo de negócios está lento. Na terça-feira, 22, o Indicador CEPEA/ESALQ encerrou a R$ 1.276,97/sc, elevação de 1,18% frente ao da terça anterior, 15 – na parcial deste mês, no entanto, a baixa é de 11%. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos seguem influenciados pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e por fatores técnicos. Ressalta-se que o conflito vem estimulando a vendas dos contratos de café e pode ter impacto no consumo do produto, tendo em vista problemas nos embarques para a Rússia e o aumento geral dos preços dos alimentos. Agentes também seguem atentos aos impactos nos custos de produção da commodity. COLHEITA SAFRA 22/23 – Nas regiões do arábica, a colheita deve se iniciar primeiramente nas Matas de Minas (Zona da Mata) no final de abril, de forma pontual. Para o restante das praças mineiras, em São Paulo e no Noroeste do Paraná, as atividades devem começar em maio.
ARROZ: MAIOR DEMANDA MANTÉM INDICADOR EM ALTA
A demanda por arroz em casca esteve ligeiramente maior no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Indústrias gaúchas e de outros estados buscaram repor seus estoques e, em alguns casos, também aumentaram as ofertas de compra para efetivarem novos lotes. A maioria dos produtores, por sua vez, se mantém retraída. Nesse cenário, de acordo com dados do Cepea, os valores do arroz continuam em alta. A média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento a vista), subiu 1,72% entre 15 e 22 de março, fechando a R$ 76,42/saca de 50 kg na terça-feira, 22 – na parcial deste mês (até o dia 22), o Indicador acumula elevação de 3,38%.
ALGODÃO: COM AVANÇO INTERNACIONAL, PREÇO CONTINUA FIRME
As cotações da pluma estão firmes no mercado brasileiro, influenciadas pelos avanços nos contratos da Bolsa de Nova York (ICE Futures). Entre 15 e 22 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma subiu 0,92%, fechando a R$ 7,0506/lp na terça-feira, 22. Na parcial de março, o aumento é de 2,39%. De modo geral, a liquidez no spot nacional segue baixa, o que se deve à disparidade entre os preços de vendedores e compradores. Demandantes estão mais exigentes quanto à qualidade da pluma, desaprovando alguns lotes e pagando valores maiores em outros com melhores características.