O mercado internacional de café viveu nova semana sem oscilações significativas, consolidando-se nos patamares recentes. Em meio à baixa volatilidade, os futuros devem registrar movimentação mais intensa somente diante do surgimento de algum fator fundamental novo.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2018 do contrato "C" do café arábica avançou 95 pontos no acumulado semanal, encerrando a sessão de quinta-feira a US$ 1,19 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta foi cotado, ontem, a US$ 1.742 por tonelada, aferindo leves perdas de US$ 3.
O dólar operou em terreno positivo no agregado da semana, exercendo certa pressão sobre as commodities. No Brasil, a moeda norte-americana avançou com o mercado local ampliando a busca de proteção e com saídas de recursos estrangeiros, que foram motivados pela sinalização do Copom para um novo corte da taxa Selic em maio. Além disso, operadores também apostam em uma nova redução nos juros básicos do País em junho.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria segue avançando lentamente pela costa da Região Sudeste e mantém a expectativa de fortes chuvas na área, em especial no trecho entre Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais. No Estado capixaba, as precipitações devem gerar um acumulado em torno de 50 mm nos próximos cinco dias, enquanto a faixa da Mogiana paulista ao Sul mineiro registrará redução dos volumes de chuva, que deverá ocorrer de maneira mais isolada nos próximos dias.
No mercado doméstico, os preços também pouco oscilaram e os negócios seguem travados, com os agentes retraídos. Os indicadores dos cafés arábica e robusta calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) permaneceram praticamente estáveis em relação à semana passada, cotados, respectivamente, a R$ 429,91/saca (+0,66%) e a R$ 304,42/saca (+0,02%).