Os preços dos cafés arábica e robusta tiveram forte recuperação nos últimos dias, impulsionados pelos ganhos externos de ambas as variedades. As cotações internacionais, por sua vez, foram influenciadas pelo clima no Brasil, pela valorização do Real frente ao dólar em parte da semana e por fatores técnicos. Nesse cenário, agentes estiveram mais ativos e alguns negócios foram registrados no spot. Nessa terça-feira, 5, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 445,87/saca de 60 kg, o maior patamar nominal desde o início de julho e elevação de 5,7% em relação à terça anterior, 29 de outubro. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 294,71/sc de 60 kg, voltando ao patamar do início de outubro deste ano e valorização de 2,2%, na mesma comparação.
ARROZ: PREÇOS SEGUEM EM ALTA NESTE INÍCIO DE NOVEMBRO
Os preços do arroz em casca estão em alta no Rio Grande do Sul neste início de novembro, devido ao período de entressafra, ao baixo volume estocado e ao clima – recentes chuvas em algumas cidades do estado podem reduzir a produtividade das lavouras e a qualidade do arroz no campo. Com isso, as atividades de semeio não avançaram muito nos últimos dias, e, segundo colaboradores do Cepea, algumas lavouras estão submersas. Quanto à demanda, esteve baixa nos últimos dias – compradores se mantiveram afastados das negociações, por conta das menores vendas do beneficiado e da preferência pelo produto estocado. No entanto, essa postura compradora não foi suficiente para pressionar os valores. De 29 de outubro a 5 de novembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, subiu 0,8%, fechando a R$ 46,58/sc de 50 kg no dia 5. Na média de outubro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, subiu 1,2% em relação à de setembro/19, a R$ 45,93/sc.
ALGODÃO: EXPORTAÇÃO É RECORDE; BAIXA QUALIDADE REDUZ LIQUIDEZ NO SPOT
Com as exportações pagando mais que o mercado brasileiro, os embarques de algodão em pluma estiveram intensos ao longo de outubro, somando 273,4 mil toneladas, quase o dobro do volume de setembro/19 e um recorde. Essa quantidade superou em 20% o recorde anterior, de 227,9 mil toneladas, observado em dezembro/18, conforme dados da Secex. Ressalta-se que a paridade de exportação segue acima dos valores domésticos desde o final de agosto, cenário que limita quedas nos preços internos – ou até mesmo os eleva. Assim, vendedores têm priorizado entregas de contratos a termo, especialmente para exportação, sendo que boa parte da safra 2018/19 já está comprometida. No spot nacional, a liquidez está baixa. Compradores estão ativos, mas a dificuldade em encontrar o produto dentro das características desejadas limita novos negócios. Assim, muitos trabalham com a matéria-prima já contratada. Vendedores, por sua vez, estão firmes nos preços, mas a maioria dos lotes disponibilizados apresenta ao menos uma característica. Entre 30 de setembro e 31 de outubro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,49%. A média do outubro, de R$ 2,4948/lp, superou em 1,49% a de setembro/19, mas ficou 21,01% abaixo da de outubro/18, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de setembro/19). De 29 de outubro a 5 de novembro, especificamente, o Indicador avançou 1,4%, fechando a R$ 2,5373/lp, na terça-feira, 5.