As cotações do café arábica operam na casa dos R$ 800,00/sc neste começo de outubro, patamar que é considerado baixo por produtores – vale ressaltar que, há um ano, estavam acima de R$ 1.100/saca de 60 kg. Neste cenário, segundo pesquisadores do Cepea, muitos vendedores estão resistentes em comercializar novos lotes, e os poucos negócios que vêm sendo fechados envolvem pequenos volumes e ocorrem em casos de necessidade de caixa. Por enquanto, portanto, as atenções de vendedores se voltam às lavouras e às expectativas em relação à temporada 2024/25.
ARROZ: INDICADOR SEGUE FIRME
As cotações do arroz em casca continuam firmes, reflexo da restrição de oferta e da preocupação com o ritmo de cultivo da nova temporada. De modo geral, de acordo com informações do Cepea, a liquidez está baixa, com agentes preferindo negociar o arroz armazenado nas unidades industriais, diante das dificuldades logísticas impostas pelo clima. A maior taxa de câmbio também atraiu vendedores para cumprir os contratos no porto de Rio Grande (RS), onde as ofertas estiveram mais atrativas nos últimos dias. EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO – Conforme dados da Secex, 81,7 mil toneladas de arroz (base casca) foram exportadas pelo Brasil em set/23, volume 70,8% menor que o de ago/23 e 59% abaixo do escoado em set/22. Quanto às importações, chegaram aos portos nacionais 111,3 mil toneladas de arroz base casca em set/23, queda de 31,6% frente ao mês anterior e recuo de 6,2% em relação a set/22.
ALGODÃO: PREÇO EXTERNO SUSTENTA COTAÇÕES DOMÉSTICAS
Mesmo com o enfraquecimento recente dos preços externos do algodão em pluma e da paridade de exportação, ambos continuam em patamares elevados e acima dos preços praticados no mercado doméstico. Segundo informações do Cepea, esse cenário segue estimulando as negociações destinadas à exportação. Assim, alguns compradores nacionais precisam pagar valores maiores pela pluma, na tentativa de atrair vendedores. Na parcial de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, vem se mantendo firme.