Agentes consultados pelo Cepea indicam que a safra 2020/21, cuja colheita está praticamente finalizada em todas as regiões produtoras, foi volumosa e de boa qualidade. Players indicam que há elevados aspecto e bebida e, quanto à peneira, está satisfatória, apenas levemente abaixo do esperado. Em relação ao robusta, no Espírito Santo, produtores consultados pelo Cepea estão atentos ao clima, visto que chuvas regulares são necessárias nas próximas semanas para o pegamento das flores da safra 2021/22. Em Rondônia, o clima permanece seco e agentes aguardam o retorno das precipitações para a abertura da florada nos cafezais. No mercado físico de ambas as variedades, o ritmo de negócios está lento. Para o arábica, especificamente, a lentidão se deve ao fato de que boa parte da nova safra já foi comercializada.
BOI: PREÇOS INTERNOS DA ARROBA SEGUEM FIRMES
Os preços do boi gordo seguem firmes no mercado doméstico, com os fechamentos diários renovando as máximas nominais. Nessa terça-feira, 9, o Indicador CEPEA/B3 fechou a R$ 247,1, com alta de 4% no acumulado parcial de setembro (até o dia 9). Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento continua tendo como suporte a baixa oferta doméstica de animais e as exportações de carne aquecidas, principalmente à China. Conforme relatório da Secex, em agosto, o volume embarcado ao país asiático seguiu intenso, somando 78,253 mil toneladas de carne bovina, com queda de 10,1% frente ao de julho/20 (quando, vale lembrar, a quantidade exportada à China foi recorde), mas o dobro do de agosto de 2019 (de 37,3 mil toneladas).
SUÍNOS: COTAÇÕES REGIONAIS ATINGEM NOVAS MÁXIMAS NOMINAIS
A combinação de aquecimento da demanda final, devido ao período de início de mês, e de menor oferta de animais para abate no mercado interno impulsionou os valores do animal vivo e da carne nas regiões acompanhadas pelo Cepea. Esses valores, por sua vez, renovaram as máximas nominais. Colaboradores do Cepea indicam que as consecutivas altas nos preços do animal e da carcaça dificultam o repasse aos preços dos cortes. Vale lembrar que a renda da população está comprometida diante da crise gerada pela pandemia de coronavírus, limitando a demanda.