A colheita de café arábica da temporada 2021/22 tem sido favorecida pelo tempo seco neste mês. Levantamento do Cepea mostra que, até a última semana, cerca de 50 a 60% da produção havia sido colhida na região das Matas de Minas/Zona da Mata Mineira. Por outro lado, no Sul de Minas e na Mogiana (SP), as atividades estavam mais lentas, com a colheita se aproximando dos 30%. Apesar do bom ritmo neste mês, agentes apontam que a colheita desta temporada está um pouco atrasada em relação aos anos anteriores, por conta das floradas tardias em 2020 e da maturação mais lenta. Quanto aos preços do arábica, nessa terça-feira, 13, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 836,9/sc de 60 kg, alta de 2,42% frente à terça anterior, 6.
ARROZ: DEMANDA AQUECIDA E VENDEDOR FIRME ELEVAM PREÇOS
Os preços do arroz voltaram a avançar no mercado interno, diante da demanda ativa e da posição mais firme de vendedores. Porém, segundo pesquisadores do Cepea, o distanciamento entre as ofertas de compra e de venda tem limitado a liquidez. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada e pagamento à vista) avançou 1,29% entre 6 e 13 de julho, fechando a R$ 70,62/sc de 50 kg no dia 13. No mês, a elevação é de 1,9%. EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES – Segundo dados da Secex, em junho, as exportações de arroz (equivalente casca) somaram 70,17 mil toneladas, volume 19,2% inferior ao registrado em maio/21. As importações, por sua vez, totalizaram 85,4 mil toneladas de arroz (equivalente casca) em junho/21, 9,6% inferior ao registrado em maio, ainda de acordo com a Secex.
ALGODÃO: INDICADOR SOBE 7,46% NA PARCIAL DESTE MÊS E RECUPERA QUEDA DE JUNHO
As cotações do algodão em pluma estão em alta em julho e já recuperaram as baixas verificadas no mês anterior, conforme apontam dados do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 7,46% no acumulado de julho, fechando em R$ 5,0414/lp na terça-feira, 13 – em junho, o recuo havia sido de 7%. Apesar de a colheita da nova safra ter sido iniciada no Brasil, a oferta de pluma no spot nacional ainda é baixa, contexto que tem dado impulso aos valores. Além disso, um percentual expressivo da produção já está comprometido, especialmente para exportação.
BANANA: PREÇOS DA NANICA SOBEM COM FORÇA NO INÍCIO DE JULHO
Os valores da banana nanica subiram de forma significativa nas regiões produtoras no começo de julho (de 5 a 9/7), devido ao período de início de mês. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, os reajustes mais expressivos foram registrados no Semiárido, onde a qualidade dos cachos está maior frente à das regiões que estão com baixas temperaturas. No Norte de Minas Gerais, a nanica de primeira qualidade foi vendida na média de R$ 1,39/kg, 48% superior à da semana anterior. No Vale do Ribeira (SP), houve relatos de chilling, escurecimento da casca, principalmente em áreas de baixada. Assim, nessa praça paulista, a nanica foi comercializada por R$ 1,26/kg, avanço de 10% na mesma comparação.