Os contratos futuros do café passaram por correção técnica, ontem, e praticamente reverteram as perdas que acumulavam na semana no mercado internacional. Analistas, contudo, sugerem que as cotações devem permanecer sob pressão devido a fatores gráficos negativos, volta das chuvas no Brasil e possibilidade de enfraquecimento da demanda com a segunda onda de Covid-19 na Europa.
Na Bolsa de NY, o vencimento dez/2020 encerrou a quinta-feira (22) a US$ 1,0670 por libra-peso, registrando leves perdas de 55 pontos ante a sexta-feira da semana anterior. Na ICE Europe, o vencimento jan/2021 evoluiu US$ 10, cotado a US$ 1.307 por tonelada.
Em relação ao clima, a semana deverá terminar com chuvas no Sudeste do Brasil, que serão mais intensas nas faixas norte do Espírito Santo e de São Paulo e no Triângulo Mineiro, conforme a Somar Meteorologia.
O serviço informa, ainda, que um ciclone subtropical se forma entre a costa capixaba e a da Bahia, canalizando a umidade da Amazônia e provocando temporais em todo o centro do País, principalmente em Minas Gerais, Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro, com acumulados que podem chegar a até três dígitos em algumas localidades.
O dólar comercial teve uma semana negativa, encerrando o pregão de ontem a R$ 5,594, com depreciação de 0,9% na comparação com o fechamento da sexta-feira passada. O mercado do câmbio esteve voltado ao noticiário internacional, observando a possibilidade de que os desdobramentos sobre a aprovação de um pacote de estímulo nos Estados Unidos sejam positivos.
No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que os produtores estão atentos ao desenvolvimento da safra 2021, monitorando as floradas que começam a abrir, seguindo afastados do mercado. As cotações acompanharam o cenário internacional e pouco oscilaram. Os indicadores para os cafés arábica e conilon se situaram em R$ 539,87/saca e R$ 401,98/saca, com variações, respectivamente, de 0,18% e -0,01%.