Os contratos futuros do café permaneceram praticamente estáveis no mercado internacional, em uma semana com baixa volatilidade, sem novidades nos fundamentos e com a força do dólar e o avanço da colheita no Brasil, o maior produtor mundial, travando a possibilidade de altas.
Na Bolsa de Nova York, o contrato "C" com vencimento em setembro de 2018 caiu 10 pontos na semana, negociado a US$ 1,0765 por libra-peso no fechamento do pregão de ontem. Na ICE Europe, o vencimento setembro do café robusta encerrou os negócios da quinta-feira a US$ 1.671 por tonelada, aferindo ganhos de US$ 9.
O dólar se fortaleceu puxado por números da inflação dos Estados Unidos, onde o índice de preços ao produtor ficou estável no mês passado, situando-se abaixo da previsão de analistas, que esperavam crescimento de 0,2%.
No Brasil, a divisa norte-americana avançou com a saída de investidores estrangeiros, que adotam precaução no que diz respeito aos cenários fiscal e eleitoral do País. Ontem, a moeda encerrou a sessão a R$ 3,8034, com ganhos semanais de 2,6%.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o cinturão cafeeiro deve voltar a ficar seco. No sábado, a frente fria influencia o tempo, podendo ocasionar chuvas fracas, mas somente no Espírito Santo e no norte de Minas Gerais. Para as outras áreas do Sudeste, a previsão é de tempo firme, com sensação de frio pelas manhãs.
No mercado físico, segundo agentes consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os negócios permanecem calmos, com os vendedores retraídos. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 423,83/saca e a R$ 313,84/saca, respectivamente, com variações de 0,9% e -1,2%.