Os contratos futuros do café tiveram uma semana de queda no mercado internacional, pressionados pela crise do petróleo, pelo impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e pela força do dólar, fatores que se sobrepuseram à recente queda dos estoques do produto.
Na Bolsa de nova York, o vencimento julho/20 do contrato "C" declinou 515 pontos até ontem, encerrando o pregão a US$ 1,1240 por libra-peso. Na ICE Europe, o contrato julho/20 do café robusta fechou a US$ 1.150 por tonelada, com desvalorização semanal de US$ 38.
O dólar comercial disparou em relação ao real nesta semana, acompanhando o movimento de fortalecimento generalizado e, internamente, puxado pelo receio sobre a piora fiscal do Brasil e a turbulência política que culminou com a saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, nesta manhã. A divisa norte-americana avançou 5,6% até ontem, fechando a R$ 5,5278.
Em relação ao clima, os agentes passam a monitorar os mapas do cinturão cafeeiro no Brasil, o maior produtor mundial. O país deverá intensificar a colheita a partir de meados de maio. Com o desenvolvimento dos trabalhos, é necessário tempo seco para garantir a qualidade dos grãos, já que chuvas prejudicam a secagem e o frio extremo pode ocasionar geadas.
No mercado físico, os produtores seguem retraídos e os negócios calmos. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 590,29/saca e a R$ 330,27/saca, com quedas de 0,1% e 0,2%, respectivamente.