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Café: Safra 20/21 Pode Ser Elevada, Mas Não Recorde

Publicado 22.01.2020, 10:33
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As primeiras estimativas para a temporada de café 20/21 indicam que o Brasil deve colher um bom volume. Na última quinta-feira, 16, a Conab indicou que a produção pode alcançar entre 57,15 e 62,01 milhões de sacas de 60 kg (arábica e robusta), aumento de 15,9% a 25,7% em relação à temporada 2019/20. Agentes consultados pelo Cepea acreditam em números semelhantes aos da Conab, sendo que, para a maioria deles, a safra deve se aproximar ou superar 60 milhões de sacas. A recuperação se deve ao período de bienalidade positiva dos cafezais de arábica e às boas condições climáticas desde o fim de 2019, que devem favorecer o enchimento dos grãos e, consequentemente, o rendimento no beneficiamento. Ainda assim, grande parte dos colaboradores do Cepea acredita em produção inferior ao recorde da temporada 2018/19, fundamentados nas adversidades climáticas no segundo semestre de 2019, que debilitaram os cafezais e resultaram na queda de algumas flores e chumbinhos naqueles meses.

ARROZ: PROCURA AUMENTA E COTAÇÕES REGISTRAM ALTA

Apesar de a colheita da nova safra de arroz em casca ainda não ter se iniciado, produtores consultados pelo Cepea têm se mantido firmes quanto aos preços. Do lado da demanda, compradores estiveram mais ativos no mercado nos últimos dias, o que sustentou os valores no Rio Grande do Sul. Vale ressaltar que a procura também segue aquecida em outros estados, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Nesse contexto, as cotações regionais começam a caminhar na mesma direção do Indicador. Enquanto o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada para o estado do Rio Grande do Sul) acumulou alta de 1,4% entre as duas últimas terças-feiras, fechando a R$ 50,13/sc no dia 21, regionalmente, as cotações também se elevaram.

ALGODÃO: RITMO DE NEGÓCIOS DIMINUI; PREÇO SE ESTABILIZA

Parte dos agentes que já havia retornado ao mercado de algodão em pluma voltou a se retrair nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, os negócios têm sido limitados pela “queda de braço” quanto aos preços, visto que muitos lotes disponibilizados seguem apresentando ao menos uma característica. Sendo assim, compradores com necessidade de reposição precisam ceder quanto à qualidade, enquanto os que precisam de qualidade superior pagam valores maiores pela pluma. Em meio à disparidade de preços entre agentes, prevaleceu a posição firme de vendedores. Assim, entre 14 e 21 de janeiro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, permaneceu praticamente estável (+0,03%), fechando a R$ 2,7048/lp nessa terça-feira, 21. Na parcial de janeiro (até o dia 21), o Indicador acumula alta de 0,59%.

MANGA: COM SAFRA DA TOMMY FINALIZADA, COLHEITA PAULISTA SE RESTRINGE À PALMER

A safra 2019/20 de manga tommy está praticamente finalizada na região de Monte Alto/Taquaritinga (SP). Assim, neste início de ano, a palmer tem sido a única variedade disponibilizada pela praça paulista – a oferta de palmer tem previsão de encerramento para meados de fevereiro/início de março. Quanto à qualidade, mangicultores do estado têm reportado problemas com antracnose e bacteriose, acentuados pelas chuvas. A principal preocupação é com a Xanthomonas, bactéria que ainda é um desafio para a região, já que não há tratamento consolidado. O nível de infestação varia dentre as propriedades: naquelas onde a incidência da doença é tolerável, as frutas têm sido destinadas à indústria, enquanto nos pomares onde a incidência é elevada, as perdas são certas. Esse cenário deve afetar a rentabilidade da região, visto que, além das perdas, a maior participação da indústria deve pressionar a receita de produtores – já que, neste segmento, os preços têm oscilado entre 30 e 40 centavos por quilo.

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