De modo geral, a temporada 2017/18 de café registrou baixas nos valores do arábica e do robusta, especialmente, segundo pesquisadores do Cepea. Para este último, após duas temporadas de seca, as chuvas ao longo de 2016 e 2017 permitiram a recuperação dos cafezais e o avanço da produção, fazendo com que os preços da variedade voltassem a ficar próximos dos R$ 330,00/sc. Já para o arábica, apesar da menor produção na temporada passada, devido à bienalidade negativa dos cafezais, à incidência de broca e à menor peneira, os maiores estoques nos países compradores e a expectativa de uma safra 2018/19 volumosa pressionaram as cotações internas, mas em menor intensidade que as de robusta. Quanto à nova temporada, iniciada oficialmente neste mês de julho, a colheita segue em bom ritmo no Brasil, de acordo com informações do Cepea. Para o robusta do Espírito Santo, o volume colhido já ultrapassava os 60% do total até a última semana. Quanto ao arábica, até o momento, as regiões mais avançadas nas atividades são o Noroeste do Paraná e Garça (SP), com respectivos 60% e 50% colhidos.
LEITE: COTAÇÕES SE ESTABILIZAM EM ALTOS PATAMARES
Os preços do leite UHT e do queijo muçarela se estabilizaram em patamares elevados, conforme apontam dados do Cepea. Entre 1º e 7 de julho, a média do UHT foi de R$ 3,34/litro e a do queijo muçarela, R$ 20,26/kg, ligeiros aumentos de 0,53% e 0,11%, respectivamente, frente ao período anterior. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa leve alta está atrelada ao elevado preço da matéria-prima no campo e também à baixa oferta. Segundo colaboradores, nas próximas semanas, os preços devem se manter ou recuar levemente, devido ao baixo consumo.
ALGODÃO: PREÇO RECUA MAIS DE 5% NA PARCIAL DE JULHO
A cotação da pluma tem registrado queda no mercado brasileiro, de acordo com dados do Cepea. No acumulado de julho (de 29 de junho a 10 de julho), o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 5,25%, fechando a R$ 3,4141/lp nessa terça-feira, 10. Pesquisadores do Cepea afirmam que o recuo está atrelado ao avanço da colheita de algodão, que elevou a disponibilidade do produto no spot nacional. Dados divulgados pela Conab nesta terça-feira, 10, indicam que a produção nacional 2017/18 poderá atingir 1,96 milhão de toneladas, alta de 28,5% frente à safra anterior. A produtividade média pode ser de 1.671 kg/ha (+2,6%) e a área semeada, de 1,176 milhão de hectare (+25,2%).