Rondônia, segundo maior produtor de café robusta do Brasil, iniciou a colheita da safra 2018/19 da variedade. Segundo colaboradores do Cepea, as atividades estão restritas a áreas onde a maturação dos grãos está mais avançada. Além disso, as recentes chuvas têm limitado a colheita, que deve se intensificar apenas em meados de abril, quando as precipitações devem diminuir. Já no Espírito Santo, as chuvas seguem beneficiando os cafezais. Caso o clima seja mais firme e quente nas próximas semanas, a maturação dos grãos pode ser acelerada e a colheita, iniciada ainda em abril. Para o arábica, a temporada deve ser iniciada em meados de maio em praticamente todas as regiões do Brasil.
ARROZ: INDÚSTRIAS ATIVAS ELEVAM COTAÇÕES
O ritmo de comercialização de arroz em casca no Rio Grande do Sul está maior se comparado ao da primeira semana de março. Segundo pesquisadores do Cepea, há maior presença de compradores, enquanto parte dos orizicultores permanece retraída. Com isso, entre 20 e 27 de março, o Indicador do arroz em casa ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, registrou alta de 0,51%, fechando a R$ 35,19/sc de 50 kg na terça-feira, 27. Na parcial de março, o Indicador subiu 0,31%. A maior presença de indústrias se deve à necessidade de repor estoques e também de negociar e confirmar volumes relacionados aos leilões da Conab. As negociações, no entanto, não avançaram com força no Rio Grande do Sul, porque agora também é período de oferta de arroz do Centro-Oeste (de Mato Grosso e de Goiás), que disputa mercados consumidores de outras regiões. Produtores, por sua vez, ofertam lentamente os lotes de casca no spot, dando preferência à venda de soja e de gado e apostando em recuperação dos preços do arroz nos meses seguintes. Por enquanto, o foco está na colheita.
ALGODÃO: MESMO COM RITMO FRACO DE NEGÓCIOS, PREÇO SOBE
A baixa oferta da pluma, especialmente de lotes de boa qualidade (41-4 acima), e a postura firme dos vendedores ativos têm elevado as cotações no mercado brasileiro, conforme informações do Cepea. De 20 a 27 de março, o Indicador do algodão CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 0,73%, fechando a R$ 3,0282/lp nessa terça-feira, 27. No acumulado de março (até o dia 27), a alta é de fortes 6,56%. Quanto às exportações da pluma, segundo dados da Secex, até o final da quarta semana de março/18, a média diária dos embarques esteve em 2,2 mil toneladas, 25,9% inferior à de fevereiro/18. De janeiro a março/18, as vendas somam 171 mil toneladas. Em faturamento, a média diária está em US$ 3,9 milhões, 24,4% menor que os US$ 5,1 milhões do mês anterior. O preço médio de março em dólar, de US$ 1.738,9/t, está 2% acima do de fevereiro/18 e 2,9% superior ao de março/17. Em Reais, a média está em R$ 5.685,67/t, respectivos aumentos de 2,9% e de 7,6%, nas mesmas comparações, ainda de acordo com a Secex.
MAMÃO: COM MENOR OFERTA, PREÇO DO HAVAÍ SEGUE EM ALTA
As cotações do mamão havaí subiram em todas as regiões produtoras na semana passada, com destaque para o norte do Espírito Santo, onde a variedade foi comercializada a valores 24% superiores aos da semana anterior, de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. Isso ocorreu devido à menor disponibilidade da fruta. Assim, apesar da demanda enfraquecida com a proximidade do fim de mês, as cotações estiveram em patamares firmes em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A melhor qualidade da fruta, por conta dos menores volumes de chuva, também favoreceu a valorização. Houve, ainda, relatos de que os preços elevados no mercado interno, vinculados à menor produção, foram responsáveis pela contenção das exportações. Como o volume de havaí deve continuar restrito no Brasil, cotações mais elevadas ou nos atuais patamares são esperadas nas próximas semanas.