Os preços internacionais do café percorreram caminhos opostos na semana, com a variedade robusta recebendo suporte técnico e se valorizando levemente, enquanto as cotações do arábica declinaram, pressionadas pelo câmbio e pela safra brasileira.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento set/18 do contrato "C" recuou 255 pontos no acumulado da semana até ontem, negociado a US$ 1,1155 por libra-peso. O vencimento set/18 do café robusta, comercializado na ICE Europe, fechou a sessão de quinta-feira a US$ 1.681 por tonelada, com valorização de US$ 19.
O dólar comercial avançou 0,4% sobre o real na semana, situando-se em R$ 3,8841. Analistas expuseram que a divisa voltou a subir, descolando da tendência das demais moedas de economias emergentes. Segundo eles, não houve um fator principal para a ascensão, porém foi observado fluxo de saída a partir da renda fixa, setor onde as taxas futuras também subiram.
Em relação ao clima, o fim de semana deve ser quente, afastando a possibilidade de geadas e favorecendo os trabalhos de colheita. De acordo com a Somar Meteorologia, o tempo firme predominará em praticamente toda a Região Sudeste.
O serviço meteorológico informa que o tempo deve ficar instável apenas em áreas litorâneas do Espírito Santo, devido aos ventos úmidos que vêm do oceano em direção ao continente. A Somar chama a atenção para o fato de as temperaturas continuarem subindo e já não haver mais condição para formação de geadas.
No mercado interno, as cotações permaneceram praticamente estáveis, aquém do pretendido por muitos produtores. Assim, os agentes permanecem retraídos e os negócios lentos. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon ficaram em R$ 443,50 (+0,1%) e R$ 336,86 (+0,7%), respectivamente.