A comercialização de café está lenta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, o motivo para a baixa liquidez é que agentes do setor estão à espera da intensificação da colheita da safra 2018/19. Enquanto exportadores estão no aguardo da entrada do produto da nova temporada, produtores seguem nos preparativos da colheita. Quanto à temporada 2018/19, de acordo com colaboradores do Cepea, a colheita do café robusta em Rondônia está em ritmo lento, visto que chuvas dificultam a entrada de trabalhadores nas lavouras e a retirada dos grãos colhidos. No Espírito Santo, precipitações esporádicas têm ocorrido sobre o estado, auxiliando os cafezais. Para o arábica, o clima mais firme nas últimas semanas favorece a maturação dos grãos na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
ARROZ: DEMANDA FIRME MANTÉM PREÇO DO CASCA EM ALTA
Com orizicultores pouco presentes no mercado spot e a demanda aquecida, seja para atender aos segmentos atacadista e varejista dos grandes centros ou aos novos contratos de exportação, alguns lotes foram efetivados a valores maiores no Rio Grande do Sul. Para repor estoques, beneficiadoras buscaram lotes de arroz depositado em seus armazéns ou “livre” (armazenado nas propriedades rurais) no spot e até mesmo referentes ao arroz leiloado nos leilões de Pep e Pepro. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros subiu 1% de 10 a 17 de abril, fechando a R$ 35,94/sc de 50 kg no dia 17. Na parcial de abril, a elevação é de 2,36%.
ALGODÃO: AUMENTO NO PREÇO CHEGA A QUASE 6% NA PARCIAL DE ABRIL
Pesquisadores do Cepea afirmam que a oferta limitada de algodão em pluma no spot e a necessidade imediata de algumas indústrias e comerciantes têm feito com que compradores precisem elevar os valores para conseguir adquirir novos lotes. Assim, nesta entressafra, as cotações da pluma seguem em alta. De 10 a 17 de abril, o Indicador do algodão CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, avançou 2,57%, fechando a R$ 3,2063/lp no dia 17. Na parcial de abril (até o dia 17), a elevação já é de 5,8%.
UVA: PREÇOS DAS UVAS SEM SEMENTES RECUAM NO VALE
As cotações das uvas brancas e negras sem sementes registraram quda na semana passada, devido ao aumento do volume no Vale do São Francisco (PE/BA), apesar do escoamento de parte da produção para o mercado externo, de acordo com pesquisadores do Hortifruti/Cepea. Conforme as expectativas de produtores, a oferta da BRS vitória já está maior. Assim, a variedade embalada foi comercializada na média de R$ 8,41/kg na semana passada, recuo de 8% em relação à anterior. No caso das variedades compridas brancas sem sementes (arra 15, sugar crisp e thompson), a oferta também está maior; porém, parte considerável da produção foi destinada principalmente para os EUA nas últimas semanas, na tentativa de não saturar o mercado interno. Na semana passada, as variedades brancas compridas sem sementes foram vendidas a R$ 6,94/kg, em média, valor 2,8% menor frente ao do período anterior.