A liquidez no mercado de café arábica, que havia aumentado no final de novembro, voltou a se reduzir no início deste mês, segundo pesquisadores do Cepea. O motivo para o ritmo enfraquecido de negociações é a típica retração de agentes no final do ano, que aguardam o início do novo ano para retomar a comercialização. Neste cenário, entre 28 de novembro e 5 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, recuou 0,57%, fechando a R$ 455,35/saca de 60 kg nessa terça-feira, 5. Quanto ao robusta, a liquidez também segue baixa. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, fechou a R$ 375,80/sc de 60 kg nessa terça, praticamente estável (+0,08%) frente ao dia 28.
ARROZ: INDICADOR SOBE COM RECUO VENDEDOR E DEMANDA AQUECIDA
O clima satisfatório dos últimos dias, que levou boa parte dos orizicultores a avançar com o semeio da safra 2017/18, reduzindo a disponibilidade de lotes, e a boa demanda elevaram os preços do casca no Rio Grande do Sul – apenas produtores com necessidade de “fazer caixa” disponibilizaram o produto no mercado spot. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, subiu 0,24% de 28 de novembro a 5 de dezembro, fechando a R$ 37,41/saca de 50 kg nessa terça-feira. Em novembro a elevação foi de 1,25%.
ALGODÃO: PLUMA SE VALORIZA COM MAIOR DEMANDA E VENDEDOR FIRME
De acordo com pesquisadores do Cepea, a maior presença compradora e a posição firme de vendedores no mercado doméstico da pluma têm mantido os preços em alta. Além disso, a elevação da paridade de exportação, devido ao aumento no preço internacional e à valorização do dólar frente ao Real, também influencia o aumento dos preços no Brasil, já que leva vendedores a ficarem atentos ao mercado externo. De 28 de novembro a 5 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,7%, fechando a R$ 2,4698/lp nessa terça-feira, 5 – essa alta é um pouco mais do que a verificada para o mês de novembro inteiro, que foi de 1,62%.
MAMÃO: COM MAIOR OFERTA, PREÇOS RECUAM
As cotações do mamão registraram queda na semana passada, devido ao excesso de frutas no mercado, de acordo com informações do Hortifruti/Cepea. Segundo agentes, o elevado volume nas regiões produtoras, principalmente do havaí, pode ter sido influenciado ora pela chegada de roças novas, ora pela maturação adiantada pelo calor. Além disso, menores preços de frutas da época e a presença de mamões com qualidade e calibre fora do padrão também pressionaram os valores. Assim, o havaí foi vendido a R$ 0,38/kg no Norte do Espírito Santo na semana passada, queda de 9% frente à anterior, e o formosa foi comercializado por R$ 0,70/kg no Norte de Minas Gerais, 23% inferior na mesma comparação. Como o volume do havaí deve permanecer elevado nas próximas semanas, baixos patamares ainda podem ser observados.