Em mais uma semana sem novidades no lado dos fundamentos, os futuros do café recuaram nos mercados internacionais, sendo pressionados pela força do dólar.
A moeda norte-americana avançou com a informação de que os pedidos de auxílio-desemprego recuaram na última semana nos Estados Unidos, sinalizando força no mercado de trabalho, principalmente do setor industrial na região de Nova York, atividade cujo índice subiu de 13,1 em fevereiro para 22,5 em março, acima da previsão de 15,0 de analistas.
No Brasil, a divisa seguiu o mesmo caminho e encerrou a quinta-feira a R$ 3,2905, 1,2% acima do registrado no fim da semana passada. Assim, o contrato "C" com vencimento em maio, na Bolsa de Nova York, recuou 140 pontos, negociado a US$ 1,1875 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o contrato do café robusta com vencimento em maio fechou a sessão de ontem a US$ 1.728 por tonelada, com perdas de US$ 52 ante a sexta-feira anterior.
Em relação ao clima, as instabilidades deverão permanecer sobre São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais no fim de semana, conforme aponta a Somar Meteorologia. No sábado, a previsão é de chuva forte e vento com trovoadas no Sul e na Zona da Mata mineiros e na divisa os Estados capixaba e fluminense. Para as demais áreas, a Somar comunica que as precipitações virão de forma mais isolada e com acumulados menores, sinalizando melhorias para os próximos dias.
No mercado interno, as cotações acompanharam a queda internacional, o que retirou os produtores das praças e paralisou os negócios. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 426,73/saca e a R$ 301,40/saca, respectivamente com quedas de 0,8% e 1,3% frente à semana anterior.