Em uma semana de baixa volatilidade, os futuros do café arábica registraram leves perdas. Na Bolsa de Nova York, o vencimento jul/20 recuou 210 pontos, negociado a US$ 1,0475 por libra-peso. Já na ICE Europe, o contrato jul/20 do café robusta fechou a quinta-feira a US$ 1.189 por tonelada, subindo US$ 11.
Ainda sem novidades no lado dos fundamentos, as atenções seguem voltadas ao comportamento do dólar e para o clima no cinturão produtor do Brasil, onde os produtores já negociaram boa parte da safra antecipadamente e estão concentrados nos trabalhos de colheita.
O Conselho Nacional do Café (CNC), em parceria com a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e o Instituto Nacional de Meteorologia, emitiu, nesta semana, o "Alerta Inmet". No informe, o meteorologista Francisco de Assis indica que, no sábado e domingo, deverá ocorrer chuva nas regiões de café da Mogiana Paulista, Sul de Minas Gerais e Espírito Santo. "Há previsão de clima frio no Sul de Minas, com condições para geadas, nos próximos dias 25 e 26", completa.
O dólar comercial seguiu trajetória de correção após a forte disparada recente. Segundo analistas, a alta do petróleo e a reabertura gradual das atividades em países e em Estados norte-americanos aumentaram o apetite por ativos de risco. No Brasil, o recuo não foi maior devido às turbulências no ambiente político, que geram cautela. Ontem, a divisa fechou em R$ 5,5824, seu menor nível em 17 dias, com perdas de 4,4%.
No mercado interno, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que a colheita da safra 2020 já foi iniciada em todas as regiões do café arábica, mas os trabalhos ainda seguem em ritmo lento. Nas praças de robusta, a cata está mais avançada. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 575,20/saca e R$ 356,21/saca, com variações de -3,1% e -1,5%, respectivamente.