Os contratos futuros do café viveram nova semana de queda nas bolsas internacionais. O fator baixista permanece sendo exercido, entre outros pontos, pelo fortalecimento do dólar norte-americano e pela impressão de oferta mundial satisfatória.
Na quinta-feira, a moeda dos Estados Unidos ganhou força frente ao real diante das incertezas no cenário político do Brasil, em especial no que se refere à reforma da Previdência.
Internacionalmente, a divisa subiu devido a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, que não teria confirmado expectativas de corte de juros no país em 2019. Ontem, o dólar fechou a R$ 3,9589, com alta semanal de 0,7%.
Conforme analistas, os fundos de investimento seguem apostando em queda das cotações na Bolsa de Nova York. Eles acreditam que esses players devem ter alterado pouco seu volume líquido vendido na ICE US no dia 30 de abril. Na semana anterior, encerrada em 23 de abril, os fundos estavam com saldo líquido vendido de 75.846 lotes.
Na quinta-feira, o contrato "C" com vencimento em julho de 2019, encerrou o pregão a US$ 0,9155 por libra-peso na bolsa nova-iorquina, acumulando perdas de 110 pontos. Na ICE Europe, o vencimento julho de 2019 do café robusta recuou US$ 46 na semana, fechando a sessão de ontem a US$ 1.364 por tonelada.
Em relação ao clima, haverá mudança no fim de semana no cinturão cafeeiro, com possibilidade de ocorrência de precipitações, de acordo com a Somar Meteorologia. O avanço de áreas de instabilidade, que se formam entre o Brasil e o Paraguai, eleva a expectativa de pancadas de chuva, de forma isolada e passageira, com trovoadas nos quatro Estados da Região Sudeste. No domingo, deve ocorrer chuva forte em São Paulo, sul de Minas e oeste do Rio de Janeiro.
No mercado doméstico, as cotações acompanharam o desempenho internacional e recuaram. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 382,13/saca e a R$ 279,06/saca, respectivamente, com desvalorizações de 0,2% e 2,2%. Os negócios permaneceram calmos em meio ao cenário de baixa.