Apesar de a colheita de café estar terminando no Brasil, as negociações no mercado físico estiveram reduzidas nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, tanto vendedores quanto compradores seguiram retraídos, à espera da confirmação dos impactos das geadas ocorridas no primeiro final de semana de julho nas regiões produtoras de café arábica. As primeiras estimativas mostraram apenas pequeno prejuízo nas principais praças cafeeiras, o que pressionou as cotações externas do café ao longo dos últimos dias, reforçando a retração de agentes. Nessa terça-feira, 16, especificamente, os preços domésticos do arábica registraram forte queda, influenciados pela expressiva desvalorização internacional – na Bolsa de Nova York (ICE Futures), a queda dos futuros da variedade esteve atrelada a movimentos técnicos. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 415,95/saca de 60 kg nessa terça, baixa de 14,28 reais/saca (ou 3,3%) em relação à segunda-feira, 15, e de 3,7% em relação à terça anterior, 9. Quanto ao robusta, os preços externos também recuaram, mantendo os negócios calmos. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 finalizou a R$ 280,16/sc de 60 kg, recuo de 2,4% na mesma comparação.
ARROZ: COM PRESSÃO COMPRADORA, INDICADOR CAI POR MAIS UMA SEMANA
O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, caiu por mais uma semana (0,4%), fechando a R$ 42,99/sc nessa terça-feira, 16. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário reflete a pressão exercida por agentes da indústria, que alegam dificuldade de repasse dos preços da matéria prima para o fardo beneficiado. Do lado vendedor, apenas alguns produtores estiveram presentes no mercado do casca nos últimos dias, reduzindo a liquidez.
ALGODÃO: PREÇO SEGUE EM QUEDA; LIQUIDEZ AUMENTA
A liquidez no mercado de algodão em pluma esteve maior nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, à medida que o beneficiamento avança, mais lotes de pluma da safra 2018/19 são ofertados no spot, levando vendedores a ter postura mais flexível quanto aos valores pedidos. Nesse cenário, entre 9 e 16 de julho, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 1,87%, fechando a R$ 2,6458/lp na terça-feira, 16. Na primeira quinzena de julho (até o dia 15), o Indicador acumulou queda de 2,2%. A média parcial deste mês, de R$ 2,6984/lp, está 3,4% inferior à de junho/19. No geral, indústrias seguem recuadas. Algumas trabalham com o produto estocado e aguardam a chegada de contratos efetivados antecipadamente, enquanto outras apenas adquirem pequenos volumes para repor estoques. Já comerciantes e corretores estão mais ativos, negociando lotes das safras 2017/18 e 2018/19 para entrega imediata.